A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu na quinta-feira (26) permitir que a Carolina do Sul, governada por republicanos, retire a Planned Parenthood do programa de saúde pública Medicaid. A decisão, por maioria conservadora, anulou uma ordem de tribunais inferiores que protegia o repasse de recursos à entidade.
A Planned Parenthood, organização sem fins lucrativos, oferece serviços de saúde como exames de câncer e contracepção, mas também realiza abortos, o que gerou oposição de líderes republicanos no estado. Desde que a Suprema Corte derrubou a decisão Roe v. Wade, em 2022, vários estados passaram a restringir o aborto e a Planned Parenthood se tornou alvo de cortes de financiamento público.
No caso da Carolina do Sul, o governador republicano Henry McMaster já havia determinado em 2017 que clínicas que ofereçam aborto não poderiam receber dinheiro do Medicaid, programa destinado a pessoas de baixa renda. Uma paciente atendida pela Planned Parenthood e a própria organização entraram na Justiça para tentar reverter a medida, alegando direito de escolher livremente o provedor médico.
Após idas e vindas judiciais, a Suprema Corte agora decidiu a favor do estado, reforçando o direito dos governos estaduais de excluir provedores de aborto do financiamento público.
Fonte: Al Jazeera