Patrulha britânica reacende tensões no Estreito de Taiwan e irrita Pequim

Na quarta-feira (18), o navio de guerra britânico HMS Spey realizou uma patrulha no Estreito de Taiwan, a primeira missão desse tipo pela Marinha Real Britânica em quatro anos. Segundo o governo britânico, a operação foi planejada com antecedência e está em conformidade com o direito internacional. A patrulha coincide com a chegada de um grupo de ataque com porta-aviões britânico à região, como parte de uma missão prolongada no Indo-Pacífico. A China reagiu com duras críticas, acusando o Reino Unido de “exagerar publicamente” a operação e de distorcer princípios legais sob o pretexto de liberdade de navegação. Para Pequim, a travessia do Spey representa uma provocação deliberada que ameaça a estabilidade do Estreito de Taiwan. O Exército de Libertação Popular afirmou ter monitorado a embarcação durante toda a missão e prometeu reagir firmemente a futuras “ameaças e provocações”. Já Taiwan, que é autogovernado mas reivindicado por Pequim, elogiou a presença britânica como uma defesa da liberdade de navegação. O atual presidente taiwanês, Lai Ching-te, tem adotado uma postura firme contra a China, classificando o regime chinês como uma “força hostil estrangeira” e ampliando políticas de contenção à influência de Pequim na ilha. A movimentação britânica fortalece a presença ocidental no Indo-Pacífico, uma região de crescente rivalidade estratégica. O HMS Spey é um dos dois navios de guerra britânicos posicionados permanentemente na área, sinalizando o compromisso do Reino Unido com a segurança e a ordem marítima internacional — mesmo sob o olhar atento e crítico da China. Fonte: www.lbc.co.uk
A Inteligência Artificial está hackeando suas contas

Uma pesquisa realizada pela Barracuda em parceria com as universidades de Columbia e Chicago revelou que, em abril de 2025, mais da metade (51%) dos e-mails de spam enviados globalmente foram criados com o uso de Inteligência Artificial (IA). O estudo mostra como a IA tem sido cada vez mais empregada por cibercriminosos, especialmente em ataques de phishing e comprometimento de e-mails comerciais — sendo que 14% desses ataques já foram gerados por IA. Essa tendência levanta sérias preocupações na área de segurança cibernética. A IA permite que os e-mails maliciosos sejam escritos com maior correção gramatical, clareza e adaptação linguística, o que os torna mais convincentes e difíceis de identificar como fraudes. ]Segundo o pesquisador Wei Hao, da Universidade de Columbia, os cibercriminosos estão usando a IA principalmente para refinar a linguagem dos ataques, sem necessariamente alterar suas táticas, como o uso de mensagens que criam um senso de urgência. Com a IA sendo utilizada para tornar os golpes mais sofisticados e eficazes, os especialistas alertam que o cenário pode se tornar rapidamente insustentável se medidas preventivas não forem adotadas. O que a pesquisa também descobriu foi que os e-mails gerados por IA não diferiam significativamente dos e-mails de ataque gerados por humanos, pelo menos não em termos de gerar um senso de urgência. Parece que a IA, como os invasores humanos, reconhece a eficácia desse método em persuadir um destinatário a agir e se tornar uma vítima. “A urgência é uma tática deliberada comumente usada para exercer pressão e provocar uma resposta impensada do destinatário”, disse Hao, que sugeriu que “os invasores estão usando principalmente a IA para refinar seus e-mails e possivelmente seu inglês, em vez de mudar as táticas de seus ataques”. Fonte: www.forbes.com
Putin se dispõe a encontrar com Zelensky, mas impõe condições rígidas

O presidente russo Vladimir Putin declarou nesta quinta-feira (19), durante debate no Fórum Econômico de São Petersburgo, que está disposto a se reunir com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky — mas somente na “fase final” de um eventual acordo de paz. Putin condicionou qualquer avanço a limites drásticos impostos à Ucrânia: neutralidade, renúncia à adesão à OTAN, ceder cinco regiões (incluindo áreas ainda sob controle ucraniano), reduzir seu exército e suspender o recebimento de armamentos ocidentais. Essa oferta ocorre quase simultaneamente ao mais recente ataque aéreo russo sobre Kiev, no qual pelo menos 28 civis morreram e 130 ficaram feridos após uma série de mísseis que atingiram áreas residenciais. Zelensky, por sua vez, exigiu que a comunidade internacional pressione Moscou por um cessar-fogo e responsabilize formalmente a Rússia pelos danos infligidos à população civil. O cerco diplomático se reforçou nas últimas semanas. A proposta de um cessar‑fogo de 30 dias, apresentada pelos EUA em março, foi aceita pela Ucrânia, mas rejeitada por Moscou há cerca de 100 dias, de acordo com o ministro ucraniano Andrii Sybiha. Desde então, a Rússia continua bombardeando alvos civis e militares com mísseis e drones em larga escala. O saldo desse ataque contínuo inclui a morte de ao menos um cidadão americano em Kiev e diversos prédios residenciais em colapso, incluindo um edifício de nove andares atingido pela manhã de terça-feira, que registrou 23 mortes só nesse incidente. Como resposta, países como o Reino Unido e o Canadá impuseram recentemente novas sanções adicionais ao setor de defesa russo e reafirmaram pacotes de ajuda militar à Ucrânia. Putin também alertou a Alemanha para a possibilidade de retaliação caso Berlim forneça mísseis Taurus à Ucrânia, questionando a imparcialidade do país como mediador. Já o presidente Trump avaliou como incerto o momento ideal para enviar tropas americanas à Ucrânia e defendeu manter em aberto a diplomacia — posição similar à de Zelensky, que insiste que o tempo para negociar ainda está em aberto. Fonte: Washington Post, AP, Kyiv Independent
Irã usa munição cluster contra Israel enquanto Trump adia decisão sobre ataque militar

Pela primeira vez desde o início do conflito aberto entre Irã e Israel, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que um míssil iraniano equipado com ogiva de munição cluster foi lançado contra uma área densamente povoada no centro do país. O ataque, ocorrido na cidade de Or Yehuda e em localidades vizinhas, não causou mortes, mas provocou forte apreensão entre autoridades e moradores. Imagens verificadas por analistas independentes mostram submunições não detonadas — pequenas bombas que se espalham na explosão — em calçadas, pátios residenciais e até no estacionamento de um hospital. A munição cluster, banida por mais de 100 países sob a Convenção de 2008, é notoriamente imprecisa e perigosa para civis, pois muitas submunições não explodem imediatamente e podem detonar dias ou semanas depois. Nem Israel, nem o Irã, tampouco potências como Estados Unidos, China ou Rússia, aderiram à convenção. Segundo especialistas do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), o projétil lançado provavelmente pertencia a modelos iranianos como o Qiam ou o Khorramshahr, capazes de carregar dezenas de submunições explosivas. Este ataque marca uma escalada importante na guerra, iniciada há sete dias com bombardeios israelenses sobre alvos militares e nucleares em território iraniano. Desde então, Israel afirma ter eliminado pelo menos 10 comandantes de alto escalão iranianos, e o Ministério da Saúde do Irã confirma mais de 220 mortos no país. Em retaliação, Teerã já lançou mais de 400 mísseis contra Israel, sendo a maioria interceptada, mas alguns atingiram infraestrutura militar, áreas residenciais e até um hospital no sul de Israel, matando pelo menos 24 pessoas. Em meio a essa escalada, o presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira que decidirá “dentro de duas semanas” se os Estados Unidos irão atacar diretamente o Irã. A declaração representa uma mudança de tom após dias de especulações sobre uma possível ação militar iminente por parte de Washington. Trump afirmou que ainda há “uma chance substancial” de negociações com Teerã, mas que a janela para a diplomacia pode se fechar rapidamente dependendo dos desdobramentos no campo de batalha. O recuo temporário dos EUA abre espaço para articulações diplomáticas. Na sexta-feira, representantes europeus devem se reunir com diplomatas iranianos em Genebra com o objetivo de retomar o diálogo sobre o programa nuclear iraniano — conversas que foram abruptamente suspensas após os ataques israelenses. O chanceler britânico David Lammy, que participará do encontro, declarou que “a situação continua perigosa, mas existe uma oportunidade diplomática que não pode ser desperdiçada.” Por outro lado, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reiterou que Israel é capaz de alcançar todos os seus objetivos militares sozinho, embora tenha reconhecido que forças aéreas dos EUA ajudaram na interceptação de drones iranianos. Netanyahu também confirmou, em entrevista à televisão pública israelense, que mísseis iranianos com ogivas fragmentadas já atingiram o território israelense, embora não tenha usado explicitamente o termo “munição cluster”. A guerra, que já provocou centenas de mortes e milhares de feridos em ambos os lados, pode estar entrando em uma fase ainda mais perigosa. O uso de armas de alta letalidade contra áreas civis, a possível participação militar americana e o colapso das negociações nucleares desenham um cenário de escalada regional com consequências imprevisíveis. Enquanto isso, a população civil — tanto em Teerã quanto em Tel Aviv — segue em alerta, tentando sobreviver em meio a sirenes, bombardeios e incerteza. Fontes: New York Times, New York Times
Caos absoluto: Iranianos fogem em pânico e interditam vias em Teerã

Durante a noite de terça-feira (17), uma rota crucial partindo de Teerã foi abruptamente interditada, ocasionando congestionamentos massivos em decorrência de alertas emitidos por Israel e pelo presidente Donald Trump, instando à evacuação da capital. Enquanto Israel prosseguia com ataques aéreos direcionados às instalações militares e de inteligência iranianas — que alegam desenvolver uma arma nuclear, embora o Irã negue tal capacidade —, a polícia de trânsito da República Islâmica anunciou o fechamento temporário da rodovia Chalus, devido ao tráfego intenso. A via foi reaberta nesta manhã. Moradores, em fuga desde início do conflito recente entre Israel e Irã, ocorridos no dia 13 de junho, enfrentaram engarrafamentos nas principais vias de saída, incluindo a rodovia 49, que conecta Teerã ao Mar Cáspio. Imagens e relatos nas redes sociais evidenciam o caos nas estradas. As autoridades improvisaram abrigos em estações de metrô e escolas, além de instaurar racionamento de combustível, agravando o clima de pânico e insegurança na nação. Fonte: www.newsweek.com
Narendra Modi nega mediação de Donald Trump por cessar fogo no recente conflito com o Paquistão

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente dos EUA, Donald Trump, conversaram por telefone por 35 minutos nesta quarta-feira (18), depois que o presidente dos EUA teve que deixar mais cedo a Cúpula do G7 no Canadá e não puderam realizar uma reunião previamente agendada. O primeiro-ministro Narendra Modi afirmou que Trump não se propôs a mediar um acordo de cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão após a Operação Sindoor e que não havia discussão sobre um acordo comercial EUA-Índia durante o conflito, relata o India Today. De acordo com a reportagem, o primeiro-ministro Modi também recusou o pedido do presidente dos EUA de uma visita a Washington DC em seu caminho de volta da Cúpula do G7 no Canadá, citando sua visita programada à Croácia em 18 de junho. Falando sobre a conversa de 35 minutos entre os dois líderes, que foi iniciada a pedido de Trump, o secretário de Relações Exteriores, Vikram Misri, disse: “O primeiro-ministro Modi disse claramente ao presidente Trump que durante todo o curso dos eventos, em nenhum momento e em nenhum nível, houve qualquer discussão sobre um acordo comercial EUA-Índia ou sobre a mediação dos EUA entre a Índia e o Paquistão.“ “O primeiro-ministro disse que as negociações sobre a cessação da ação militar foram realizadas diretamente entre a Índia e o Paquistão sob os canais existentes estabelecidos entre os dois militares. Foi feito a pedido do Paquistão“, disse Misri. Notavelmente, esta foi a primeira conversa entre o primeiro-ministro Modi e o presidente Trump após o acordo de cessar-fogo ocorrido no dia 10 de maio entre a Índia e o Paquistão. Donald Trump afirmou repetidamente que mediou a trégua de cessar-fogo entre os dois países vizinhos, com a ameaça de cortar os laços comerciais. No entanto, a Índia rejeitou as alegações, afirmando que o acordo foi iniciado a pedido do Paquistão. Modi informa Trump sobre Op Sindoor Durante o telefonema, o primeiro-ministro Modi informou o presidente dos EUA sobre a Operação Sindoor, destacando que as ações da Índia foram “medidas, precisas e não escalonadas”. Nova Délhi lançou a Operação Sindoor após o ataque terrorista de 22 de abril em Pahalgam, que matou 26 pessoas. Nas primeiras horas de 7 de maio, as forças armadas indianas iniciaram a Operação Sindoor – uma das ações militares mais significativas até o momento – destruindo com sucesso nove campos terroristas na província de Punjab, no Paquistão, e na Caxemira ocupada pelo Paquistão (PoK). Fonte: www.dnaindia.com
Papa Leão XIV Pede Liberdade para Presos Políticos: Recado ao Brasil?

O papa Leão XIV, conhecido por sua simplicidade e proximidade com os fiéis, fez um apelo poderoso em 10 de maio de 2025: a libertação de “presos por buscarem a verdade”. A centro-direita brasileira interpreta o discurso como um possível recado aos presos do 8 de janeiro, condenados após os atos em Brasília. O que disse o papa? Em um encontro com jornalistas, Leão XIV defendeu a justiça e a liberdade para aqueles perseguidos por suas convicções. O discurso, embora global, ressoou no Brasil, onde bolsonaristas alegam que os presos do 8 de janeiro são vítimas de perseguição política. A centro-direita vê o papa como uma voz de esperança. Impacto no Brasil O apelo papal pode mobilizar a base conservadora, que já organiza vigílias e campanhas por anistia. A centro-direita defende que o Brasil precisa de um debate honesto sobre os limites da justiça e da política. A fé e a verdade devem guiar o caminho. Levante a voz O Brasil precisa ouvir o papa: a justiça não pode ser seletiva. Compartilhe esta notícia e mobilize: a verdade deve prevalecer! O que você acha? Deixe seu comentário!