Maior fundo de pensão norueguês liquida investimento em empresas com negócios em Israel

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O KLP, maior fundo de pensão da Noruega, com aproximadamente US$114 bilhões em ativos sob gestão, anunciou que não investirá mais em duas companhias, uma americana e uma alemã, por receio de que os equipamentos produzidos sejam utilizados no conflito em Gaza.

Em junho de 2024, chegou ao conhecimento da KLP que diversas empresas estavam fornecendo armas ou equipamentos ao exército israelense”, declarou à Al Jazeera a chefe de investimentos responsáveis do fundo, Kiran Aziz. Ela acusou as empresas de “falharem em sua obrigação de documentar ações de diligência para verificar potencial cumplicidade em violações de direitos humanos”.

Concluímos que as empresas desrespeitaram nossas regras de responsabilidade”, Aziz seguiu. “Por isso, decidimos excluí-las de nosso universo de investimentos”.

As empresas afetadas são a fabricante de veículos americana Oshkosh, da qual US$1,8 milhão foi desaportado, e a gigante industrial alemã ThyssenKrupp, que perdeu aproximadamente US$1 milhão. Ambas foram excluídas de acordo com o critério de “venda de armamentos para estados em conflito, que as utilizam de formas que representam violações sérias e sistemáticas ao direito internacional”.

A política de cortar relações com empresas suspeitas de envolvimento em questões controversas já é antiga e não se restringe à situação em Gaza. Em 2021, a KLP retirou aportes de companhias ligadas à junta no poder em Myanmar, por exemplo.

Outras instituições europeias adotaram postura similar nos últimos meses. O Government Pension Fund, maior fundo soberano do mundo, também norueguês, reduziu recentemente investimentos em empresas estabelecidas em ou com ligação a Israel. Fundos de pensão na Dinamarca e no Reino Unido seguiram o mesmo caminho.

Fonte: bloomberg, aljazeera, the times of israel

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