A tensão entre Israel e Irã atingiu um novo patamar nas últimas horas desta segunda-feira (23). Sob ordens do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e do Ministro da Defesa Israel Katz, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ataques diretos e de intensidade inédita contra o regime dos aiatolás, atingindo alvos estratégicos no centro de Teerã.
Entre os locais bombardeados está o quartel do Basij, a força paramilitar que o regime utiliza para reprimir manifestações internas e manter o controle sobre a população. A temida prisão de Evin, onde há décadas estão presos opositores políticos, também foi alvo dos ataques. Outro símbolo atingido foi o relógio da destruição de Israel, localizado na Praça Palestina, um monumento que ironicamente marca há anos uma contagem regressiva fictícia para o suposto fim de Israel.
As operações ainda miraram comandos da Guarda Revolucionária, responsáveis pela segurança interna e operações externas do regime, além do setor encarregado da propaganda ideológica. Segundo as autoridades israelenses, outros alvos governamentais sensíveis também foram atingidos.
O Ministro da Defesa israelense não deixou margem para dúvidas: “Cada disparo contra Israel será punido“. A ofensiva ocorre em resposta direta aos recentes ataques iranianos e de seus aliados contra o território israelense. Israel demonstra, mais uma vez, sua capacidade de atingir com precisão alvos críticos dentro do próprio Irã, algo que há poucos anos parecia improvável.
Este tipo de ação traz consequências graves para a já frágil estabilidade regional. Além de enfraquecer ainda mais o regime iraniano internamente, a escalada coloca a comunidade internacional em estado de alerta. A pergunta agora é até onde essa guerra velada entre Israel e Irã pode chegar.
Por enquanto, Israel mostra que está disposto a ir longe para neutralizar as ameaças à sua segurança e deixar claro que ataques contra seu território não sairão impunes.
Fonte: The Guardian, Reuters e Washington Post