Mísseis iranianos atingiram diversos pontos em Israel nesta quinta-feira (18), incluindo o Soroka Medical Center, maior hospital do sul do país, localizado em Beersheba. O ataque causou danos significativos à estrutura da unidade, que pediu à população que evitasse ir ao local. É o primeiro hospital israelense diretamente atingido desde o início da guerra, segundo o Exército de Israel.
O bombardeio ocorreu poucas horas após Israel lançar uma nova série de ataques contra alvos estratégicos no Irã, incluindo um complexo nuclear. O confronto marca o sétimo dia de guerra entre os dois países e aumenta as incertezas sobre uma possível intervenção direta dos Estados Unidos no conflito.

Durante um evento na Casa Branca, o presidente Donald Trump afirmou ainda não ter decidido se enviará tropas americanas, mas admitiu estar considerando a medida. “Gosto de tomar decisões finais no último segundo. As coisas mudam”, declarou. Israel vem pressionando Washington para que autorize o uso de armamento avançado contra instalações nucleares subterrâneas iranianas.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que uma ação americana resultaria em “danos irreparáveis” para os Estados Unidos. No entanto, sinais contraditórios vieram de Teerã: enquanto Khamenei rejeitou qualquer tipo de rendição, um alto diplomata iraniano declarou que o país estaria disposto a negociar com os EUA. Segundo ele, o chanceler Abbas Araghchi aceitaria se reunir com representantes americanos para discutir um cessar-fogo com Israel — ainda que Trump prefira focar nas questões nucleares.
Paralelamente, o Irã enfrenta um apagão quase total da internet há mais de 12 horas, de acordo com o monitor NetBlocks. A mídia estatal iraniana alega que as restrições visam impedir que Israel explore redes de comunicação iranianas para espionagem e operações militares.
Fonte: The New York Times