Hamas mata 7 soldados israelenses em emboscada em Gaza

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Sete soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) foram mortos ontem durante operações militares em Gaza, conforme informou o porta-voz do Exército, coronel Jonatan Conricus. O incidente ocorreu no sul da Faixa de Gaza, onde as tropas israelenses realizavam patrulhamento de rotina quando foram atacadas.

Um dispositivo explosivo foi plantado no veículo blindado em que o grupo viajava, e ao ser ativado, iniciou uma chama que vitimou os 7 soldados. As fatalidades elevam para 1.245 o número de militares israelenses mortos desde o início da ofensiva em novembro passado.

Nos últimos dias, o Exército israelense intensificou os combates na Faixa de Gaza após aumentar o contingente militar em resposta a emboscadas frequentes. Mesmo enfraquecido após quase 2 anos de guerra, membros dispersos do Hamas ainda conseguem organizar-se para realizar ataques surpresa contra soldados israelenses.

Contexto militar e humanitário.

Desde o início da ofensiva, as IDF mobilizaram cerca de 100.000 soldados, com apoio de artilharia pesada, drones e aviões de combate. O objetivo principal é eliminar a capacidade operacional do Hamas, cujo arsenal subterrâneo tem permitido lançamentos de foguetes e emboscadas regulares contra tropas israelenses presentes em Gaza.

Os confrontos têm provocado graves consequências humanitárias. Autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que mais de 37 mil civis tenham sido mortos em Gaza desde novembro, entre eles milhares de crianças, e quase dois milhões de pessoas foram deslocadas internamente.

A ofensiva israelense em curso já resultou em grande destruição de infraestrutura — incluindo escolas, hospitais e redes de abastecimento de água e energia — e tem gerado ampla condenação internacional. O Conselho de Segurança da ONU se reuniu nesta semana para avaliar medidas de contenção do conflito e garantir acesso humanitário, embora críticas persistam quanto à proporcionalidade das ações israelenses.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou em pronunciamento oficial que o sacrifício dos militares “não será em vão“. “Continuaremos avançando até que o Hamas seja completamente desprovido de capacidade de lançar ameaças ao nosso povo“, declarou.

Nos Estados Unidos, aliados democratas e republicanos reafirmaram apoio ao direito de Israel de se defender, mas intensificaram a pressão para a adoção de um plano de cessar-fogo e para a ampliação da ajuda internacional à população civil em Gaza. 

Especialistas alertam que o endurecimento das operações israelenses pode prolongar indefinidamente o conflito, dificultando qualquer perspectiva de trégua antes de novas vítimas — tanto militares quanto civis. “Os ganhos táticos das IDF nas zonas de conflito são significativos, mas o custo humano é altíssimo e mina a legitimidade internacional da operação“, avaliou o analista militar David Makovsky.

Enquanto governos aliados de Israel pedem moderação e maior foco no aspecto humanitário, forças israelenses continuam avançando em áreas complexas de Gaza no que definem como “fase decisiva” das operações. O resultado dos combates de hoje ilustra o alto risco humano inerente a essas incursões e reforça o dilema entre segurança nacional e consequências humanitárias devastadoras.

Fontes: The New Yorker, Wall Street Journal, Reuters

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