EUA atacam usinas nucleares do Irã: bomba GBU-57 entra em ação e guerra escala no Oriente Médio

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Durante a madrugada, os Estados Unidos realizaram ataques aéreos coordenados junto com Israel, atingindo as três principais instalações nucleares do Irã — Natanz, Esfahan e Fordow — em um ataque que marca a entrada direta norte-americana no conflito com Teerã. O presidente Donald Trump declarou que os alvos foram “obliterados” por bombardeiros B‑2 e mísseis Tomahawk equipados com bombas antincrustantes, incluindo a poderosa GBU‑57 empregada especificamente contra a fortificada usina subterrânea de Fordow. A guerra entre Israel e Irã chega ao décimo dia de hostilidades consecutivas, que começaram em 13 de junho, com Israel alegando que o programa atômico iraniano estava a apenas semanas de alcançar capacidade militar .

“Haverá paz ou haverá tragédia para o Irã, muito maior do que testemunhamos nos últimos oito dias”, disse Trump em um discurso à nação da Casa Branca.

De acordo com Trump, os ataques americanamente coordenados com Israel causaram danos estruturais significativos às centrais nucleares, mas o Irã afirmou que o impacto foi limitado, já que conseguiram remover materiais sensíveis antes das bombardeios . Fontes militares informam que os bombardeiros B‑2 dispararam bombas gigantescas contra Fordow — a única instalação subterrânea projetada para resistir a ataques convencionais — e lançaram mísseis Tomahawk contra Natanz e Esfahan.

A comunidade internacional reagiu com preocupação. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou sobre o perigo de ataques a centrais nucleares e disse que o bombardeio de áreas como Fordow pode gerar liberação radioativa, representando risco tanto interno quanto transfronteiriço.

No terreno, o Irã retaliou com uma nova onda de ataques com mísseis balísticos e drones suicidas contra alvos israelenses. Ao menos onze pessoas ficaram feridas em Tel Aviv e Jerusalém, com sirenes disparando durante a madrugada.

A mídia iraniana reportou mais de 400 mortos e mais de 3.000 feridos apenas em consequência dos ataques israelenses, mantendo a narrativa de injustiça e agressão externa . O Irã descartou qualquer negociação sobre seu programa nuclear enquanto os bombardeios prosseguissem. O presidente Masoud Pezeshkian afirmou ainda que a atividade nuclear continuaria “sob quaisquer circunstâncias”.

Trump havia inicialmente dado um prazo de 14 dias para decidir qual seria a ação norte-americana contra o Irã, e na sexta-feira (19), os EUA iniciaram movimentações de bombardeiros B-2 em direção a bases no Oceano Índico como uma demonstração de força.

O ataque desta noite gerou atenção global: alguns legisladores norte-americanos questionam a legalidade de ataques sem autorização do Congresso. Recursos como petróleo sofreram impactos no mercado, aumentando o nervosismo econômico. No espaço diplomático, grupos como ONU, França, Turquia e países árabes cobram cessar-fogo e prudência para evitar um conflito regional mais amplo.

Com o conflito entrando em uma nova fase, a intervenção americana ao lado de Israel representa um marco histórico. A ofensiva destruiu parcialmente o coração do programa nuclear iraniano, mas acendeu novo ciclo de agressões e transforma o Oriente Médio em um caldeirão de tensões políticas, militares e humanitárias — cenário que pode definir os rumos geopolíticos das próximas décadas.

Fontes: Reuters, Reuters, ArabNews

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