Juliana Marins, brasileira que está na Ásia desde fevereiro em um mochilão que já passou pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia, foi localizada com vida pelas equipes de resgate. Ela caiu enquanto fazia uma trilha no topo do vulcão do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Juliana ainda não foi resgatada e permanece em condições críticas, enquanto erros de comunicação entre a diplomacia brasileira e autoridades locais causam ansiedade e transtornos para a família.
Juliana Marins segue aguardando resgate em condições extremamente críticas. Segundo relatos compartilhados pelo perfil oficial criado pela família e amigos (@resgatejulianamarins), Juliana foi novamente localizada pelas equipes de busca após ficar desaparecida por várias horas. As equipes de resgate confirmaram visualmente sua nova posição. No entanto, o acesso até ela tem sido drasticamente dificultado pelas severas condições do terreno montanhoso e pelos obstáculos naturais que impedem a aproximação aérea, inclusive por helicópteros e drones.
Apesar do avanço parcial das equipes, que conseguiram descer cerca de 250 metros no último dia, o resgate foi interrompido ao entardecer desta segunda-feria (23), devido às condições climáticas adversas e às limitações operacionais noturnas. Ainda faltam aproximadamente 350 metros para que os socorristas cheguem até Juliana. A família denuncia que esta é mais uma noite em que ela permanece sem ser resgatada, mesmo após dias sem acesso a água, alimentos e agasalhos.

A indignação cresce entre os familiares e apoiadores, que denunciam negligência das autoridades locais e alegam que o parque onde ocorreu o acidente segue funcionando normalmente, recebendo turistas, enquanto Juliana clama por socorro. A situação é alarmante, e os relatos apontam que Juliana já está há pelo menos três dias em condições extremas de sobrevivência, sem garantias sobre seu estado de saúde.
Negligência e falta de protocolos
A família acusa negligência por parte das autoridades locais e clama por uma atuação mais firme do Itamaraty — especialmente após terem recebido, da própria embaixada, a informação falsa de que Juliana havia sido resgatada. A lentidão da diplomacia brasileira em verificar dados básicos colocou em xeque a capacidade do país de responder adequadamente à crise e de proteger seus cidadãos no exterior.
O caso de Juliana Marins transcende o drama individual. Ele expõe a ausência de protocolos eficientes para emergências com brasileiros fora do país, o despreparo logístico para ações de resgate em zonas remotas e, sobretudo, a fragilidade institucional da diplomacia diante de situações críticas. A falta de pressão política e de suporte técnico por parte do Estado brasileiro reforça a sensação de abandono.
O perfil da campanha de resgate pede apoio urgente das autoridades brasileiras e internacionais, reforçando a necessidade de uma ação imediata e eficaz para salvá-la. Mensagens de apoio, orações e mobilizações estão sendo incentivadas nas redes sociais, com o apelo: “Nós precisamos de resgate para Juliana Marins com urgência!”