Enchentes no Rio Grande do Sul: próximos dias ainda preocupam

Pouco mais de um ano depois das grandes enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul revive o pesadelo. Já são 3 mortos, 1 desaparecido e ao menos 6.016 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas em função dos eventos deste ano. Ao todo, 98 municípios foram afetados, segundo a Secretaria de Comunicação do estado. A ponte de ligação entre os municípios de Caxias do Sul e Nova Petrópolis foi comprometida, parte da estrutura cedeu com a força do Rio Caí. E seis municípios da região do Vale do Taquari tiveram que acionar seus planos de contingência por conta da elevação do rio Taquari. São eles: Bom Retiro do Sul, Taquari, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Estrela e Lajeado. Na capital Porto Alegre, o nível do lago Guaíba atingiu 2,2 metros e as águas começam a alagar as primeiras casas das ilhas de Porto Alegre, no bairro Arquipélago. Há setores com ruas intransitáveis e transporte público suspenso. A situação deve se agravar conforme a vazão do rio Jacuí aumente, carregando a água das chuvas que caíram nas áreas central e nordeste do estado. Os citados municípios que acionaram seus planos de contingência, por exemplo, ficam no vale do rio Taquari, que desagua no rio Jacuí, cujas águas chegam ao lago Guaíba em Porto Alegre. Dessa forma, a Defesa Civil gaúcha manteve o alerta para as regiões norte e nordeste do estado. O solo já encharcado aumenta o risco de alagamentos, deslizamentos de terra e quedas de árvore. As áreas de encosta e próximas aos rios são especialmente vulneráveis e devem ser evitadas. Ainda são esperadas chuvas na região da Grande Porto Alegre, mas, de uma forma geral, as condições climáticas melhoram em todo o estado ao longo do fim de semana. As chuvas se deslocam em direção ao norte, para Santa Catarina e para o Paraná. Essa melhora deve-se à chegada da terceira frente fria do ano e a primeira deste inverno, o que deixa o tempo mais seco, mas derruba as temperaturas no centro-sul do Brasil. O frio intenso é mais um evento climático de atenção, principalmente para as pessoas afetadas pelas enchentes. Existe até a previsão de neve e geada nas serras gaúcha e catarinense. Imagem: Alexandre Pessoa/Agência Brasil Fontes: Agência Brasil, Terra, Secretaria de Comunicação do RS

CPMI do INSS: centrão deve ficar com a relatoria

Hugo Motta

Após ser criada a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), inicia a disputa pela sua composição. A oposição não deve conseguir a relatoria, mesmo após liderar o requerimento que resultou na criação, com as assinaturas de 223 deputados e 36 senadores. Tampouco, o governo terá força no processo e a esquerda deve ser minoria na CPMI, após ter atuado justamente para que não fosse instaurada. A solução ensaiada pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), é a de dar a relatoria para um deputado de centro, como forma de não desagradar oposição e nem governo. Dentre os cotados, estão os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Omar Aziz (PSD-AM), também tendo sido lembrado o nome de Mendonça Filho (União-PE). A saída evitaria uma grande instrumentalização política da CPMI, que apurará o esquema de descontos ilegais em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), apontado por investigações da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União). Segundo as investigações, os desvios ocorreram entre 2019 e 2025, tendo disparado a partir de 2023, e chegam a R$6,3 bilhões somente até o ano passado. A CPMI foi criada pelo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP) na terça-feira (17). O requerimento de criação foi apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT). O grupo da comissão será formado por 15 deputados e 15 senadores titulares, com o mesmo número de suplentes. Na próxima semana, os técnicos do Congresso Nacional enviarão o cálculo de proporcionalidade para a distribuição das vagas entre os partidos ou federações. O prazo para os trabalhos da comissão é de 180 dias. Fontes: Veja, Veja, Senado

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