Itamaraty confirma que governo não pagará translado do corpo de Juliana ao Brasil

O Itamaraty, segundo informou o Portal de Notícias Metrópoles, confirmou que o governo brasileiro não custeará o translado do corpo da brasileira Juliana Marins, 26 anos, que foi a óbito após cair em uma trilha, no vulcão Rinjani, na Indonésia. Alegando que “não há previsão legal nem dotação orçamentária para o Estado custear translados“. Em outras palavras, o governo está dizendo que a própria família deve pagar os custos para trazer o corpo da brasileira e poder sepultá-la. Diversos portais de mídia mainstream estão noticiando essa mesma informação e alegam que o Itamaraty está avaliando rever as recomendações aos turistas brasileiros no exterior, nas quais, a especificação de que a decisão de percorrer áreas de risco seja de “responsabilidade do cidadão“, tendo a ciência de que a assistência consular que o governo pode prestar é muito limitada. A família de Juliana publicou em mídias sociais que o resgate indonésio sequer levou água, comida ou qualquer aparato que a pudesse proteger do frio e da hipotermia, além de informar que as cordas à disposição não tinham tamanho suficiente para o resgate, nos primeiros dias de buscas pela brasileira. Que o governo da Indonésia mentiu sobre o fornecimento desses itens básicos para a sobrevivência de Juliana e que poderiam ter dado condições de que o resgate ocorresse com ela ainda em vida. Além de alegar falta de apoio e comunicação do Governo Federal e do Itamaraty. As respostas do Itamaraty estão causando revolta e rebuliço na internet quanto ao posicionamento do governo brasileiro. As mídias mainstream parecem se esquecer de episódios recentes dos quais houve toda uma comoção midiática para o resgate do cavalo Caramelo, que ficou ilhado em cima do telhado, na trágica enchente do Rio Grande do Sul, em 2024. Assim como o recente caso em que o Planalto mobilizou recursos para atender um afeto político estrangeiro, a ex-primeira dama do Peru, Nadine Heredia, que teve a prisão decretada no dia 18 de junho por corrupção e lavagem de dinheiro. Nesse caso, o governo brasileiro ofertou asilo político, autorizou e enviou uma aeronave da FAB, Força Aérea Brasileira, antes mesmo que a polícia peruana pudesse executar o mandato de prisão. O Itamaraty e os grandes portais podem até citar a Lei 9.199/2017, que estabelece que “a assistência consular não inclui o pagamento de despesas com sepultamento e translado de corpos brasileiros falecidos no exterior, nem despesas com hospitalização, exceto em casos médicos específicos e atendimento emergencial de caráter humanitário“. Mas será que podem justificar o dispêndio financeiro e emergencial para essas outras 2 situações? Afinal, qual Lei englobou ambos os outros casos e que não pôde contemplar uma cidadã brasileira Juliana não teve a mesma atenção e amparo que esses 2 últimos casos recentes tiveram, isso em vida, e parece que não os terá, mesmo após ir a óbito.

EUA passarão a monitorar redes sociais de candidatos a visto de estudante

Nesta quarta-feira (25), a Embaixada dos EUA no Brasil anunciou a ampliação da triagem e da verificação de indivíduos que solicitarem o visto de estudante para o ingresso no país, o que incluirá o monitoramento de perfis em redes sociais. No comunicado, é informado que o Departamento de Estado está comprometido em proteger a nação americana e seus cidadãos. E que o processo de concessão de vistos estudantis exigirá padrões de segurança nacional e pública mais altos. “Obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito.” Citação retirada do comunicado da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil Segundo o comunicado, quem quiser obter o visto de estudante deverá configurar seus perfis, em plataformas de mídias sociais, no modo aberto ao público, com o intuito de poderem ser verificados de forma “abrangente e minuciosa“. A decisão é válida para solicitações de vistos estudantis nas categorias F, M e J: F: visto de estudante com pretensão de estudos em instituições acadêmicas, tais como universidades e faculdades. M: visto de estudante com pretensão de estudos em instituições vocacionais ou não acadêmicas. J: visto de estudante para participação de programas de intercâmbios educacionais ou culturais, incluindo professores, estagiários e pesquisadores. “Utilizamos todas as informações disponíveis durante a triagem e verificação de vistos para identificar solicitantes inadmissíveis aos EUA, especialmente aqueles que representam uma ameaça à segurança nacional. (…) Para viabilizar essa verificação, todos os solicitantes de visto de estudante (F, M e J) deverão ajustar as configurações de privacidade de seus perfis de mídias sociais para o modo ‘público’” E finaliza comunicando que cada decisão sobre a concessão de visto é, acima de tudo, uma decisão de segurança nacional. E que todos os solicitantes devem comprovar de forma credível sua elegibilidade para o tipo de visto solicitado, o que inclui a intenção de participar, exclusivamente, de atividades compatíveis com os termos de admissão. O comunicado na íntegra pode ser acessado aqui. Fonte: usembassy.gov

Oposição aciona PGR contra Erika Hilton por nomear maquiadores como assessores

A oposição na Câmara dos Deputados apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada Érika Hilton (PSOL-SP), acusando-a de “eventual prática de atos de improbidade administrativa e dano ao erário‘. O líder do grupo, deputado Zucco (PL-RS), também acionou o Conselho de Ética da Câmara. Acusações: Defesa de Érika Hilton: A representação representação solicita que a PGR apure a eventual prática de atos de improbidade administrativa e dano ao erário por parte da deputada e dos servidores comissionados. Também pede que sejam adotadas as medidas judiciais cabíveis e que o caso seja encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU) para averiguação do possível uso indevido de recursos públicos. A função dos assessores parlamentares segundo as normas internas das casas legislativas:  As incumbências dos assessores parlamentares no Brasil são regulamentadas por normas internas das casas legislativas e variam conforme o cargo e a estrutura de cada gabinete. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, cada deputado pode contratar entre 5 e 25 secretários parlamentares, com salários que variam de R$ 1.584,10 a R$ 9.359,94, podendo ser acrescidos de gratificação de representação de gabinete, desde que respeitado o limite da verba de gabinete do parlamentar. Esses assessores desempenham funções como assistência direta ao parlamentar, apoio em atividades legislativas, organização de agenda, comunicação com a sociedade e elaboração de documentos. As atribuições específicas são definidas pelo parlamentar e podem incluir atividades como assessoramento em comissões, elaboração de relatórios, preparação de briefings e diálogo com a população. A contratação desses profissionais é de livre nomeação, ou seja, não é necessário concurso público. Cada parlamentar tem autonomia para escolher sua equipe, respeitando as normas estabelecidas pelas casas legislativas. Fontes: CNN, Legislabrasil, Câmara Imagem: Deputada Erika Hilton (PSOL-SP)  • Vinicius Loures/Câmara dos Deputados CC 3.0

O jornalista Paulo Figueiredo clama por uma ação incisiva dos EUA contra o STF, em depoimento nos EUA

Durante nova audiência no Congresso dos EUA, o jornalista Paulo Figueiredo Filho pediu que o governo norte-americano tome uma “ação incisiva” contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo ele, o Brasil corre o risco de se tornar uma “Venezuela turbinada no coração da América do Sul” caso não haja reação internacional. Figueiredo, que é neto do ex-presidente militar João Figueiredo e um dos denunciados por tentativa de golpe em 2022, afirmou que sofre perseguição desde 2019. Ele citou sua prisão preventiva, inclusão na lista da Interpol, bloqueio de bens e suspensão de redes sociais como evidências de repressão. Também mencionou conflitos entre Moraes e plataformas como X (antigo Twitter) e Rumble, alegando que decisões do STF violam a soberania dos EUA ao exigir dados de empresas americanas. Durante a audiência, ele sugeriu o uso da Lei Global Magnitsky para sancionar Moraes e defendeu que o Congresso norte-americano aja nos próximos 30 dias, além de denominar o ministro Alexandre de Moraes como “Ditador do Brasil“. A Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, que conduziu a sessão, discutia repressão transnacional e também analisou casos de países como China, Índia e Paquistão. A íntegra do depoimento de Paulo Figueiredo pode ser acessada através do Link. 

As crianças de Moçambique: escravizadas, treinadas e forçadas a matar

Nesta terça (24), a Human Rights Watch, ONG internacional dedicada à defesa e promoção dos direitos humanos, divulgou um alerta informando que cerca de 120 crianças ou mais foram sequestradas em Cabo Delgado, norte de Moçambique, pelo grupo terrorista e jihadista Al-Shabab, ligado ao Estado Islâmico. As crianças estariam sendo usadas para o transporte de bens saqueados, trabalhos forçados, e em alguns casos, como crianças-soldado ou forçadas a se casarem. Desde 2017, Moçambique tem lutado contra uma insurgência islâmica em Cabo Delgado e conta com o auxílio de tropas da África do Sul, Ruanda e outros países vizinhos. Em 2020, extremistas jihadistas islâmicos, realizaram um ataque que resultou em mais de 50 decapitações, incluindo de crianças, mulheres sequestradas, aldeias saqueadas e incendiadas, na mesma região. Testemunhas afirmam que crianças sequestradas foram utilizadas em ataques posteriores. A ONU estima que o conflito na região já tenha deslocado mais de 600 mil pessoas e que já se espalhou para províncias vizinhas. “Nos últimos dias, 120 ou mais crianças foram sequestradas“, disse Abudo Gafuro, diretor executivo da Kwendeleya, uma organização nacional que monitora ataques e fornece apoio às vítimas. Quando os combatentes do Al-Shabab “entram ou atacam determinadas áreas, tendem a sequestrar crianças“, disse Augusta Iaquite, coordenadora da Associação de Mulheres em Carreiras Jurídicas em Cabo Delgado. “Eles os levam para treiná-los e depois os transformam em seus próprios combatentes.“ “O governo de Moçambique precisa tomar medidas concretas para proteger as crianças e impedir que grupos armados as usem como ferramentas de conflito“, disse Budoo-Scholtz, vice-diretor da Human Rights Watch para a África. Fonte: HRW, APNews

Juliana Marins é a 10ª morte registrada em 6 anos no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia

Segundo relatório do Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, divulgado em março, os acidentes que totalizavam cerca de 21 casos em 2020 subiram para uma média de 33 casos no período de 2021 a 2023. Já em 2024, quase dobraram, chegando a 60 casos no ano. Com relação ao número de mortos, os dados divulgados foram: A morte de Juliana Marins, confirmada nessa terça-feira (24), é a mais recente fatalidade registrada, sendo a 10ª em 6 anos. É a 2ª fatalidade em 2025. Leia mais: Confirmada a morte de brasileira que caiu em vulcão na Indonésia – Danuzio Diante dos números apresentados no relatório, o governo já havia emitido um alerta sobre a necessidade de implantação de um protocolo padronizado de resgate e segurança. O mesmo relatório aponta 2 principais fatores para o crescimento no número de acidentes: Das 180 pessoas acidentadas no período analisado pelo relatório divulgado, 136 eram turistas locais e 44 estrangeiros. Dos quais, 134 envolveram quedas e torções. Até o momento, não houve divulgação dos números de acidentes registrados em 2025, todavia, há o registro da morte de um malaio, Rennie in Abdul Ghani, de 57 anos, que foi a óbito no dia 05 de maio, após cair de um penhasco de aproximadamente 80 metros, também ao se separar de seu grupo durante a trilha. Fontes: G1, Infomoney, O Tempo, 1news

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