Uma pesquisa realizada pela Barracuda em parceria com as universidades de Columbia e Chicago revelou que, em abril de 2025, mais da metade (51%) dos e-mails de spam enviados globalmente foram criados com o uso de Inteligência Artificial (IA). O estudo mostra como a IA tem sido cada vez mais empregada por cibercriminosos, especialmente em ataques de phishing e comprometimento de e-mails comerciais — sendo que 14% desses ataques já foram gerados por IA.
Essa tendência levanta sérias preocupações na área de segurança cibernética. A IA permite que os e-mails maliciosos sejam escritos com maior correção gramatical, clareza e adaptação linguística, o que os torna mais convincentes e difíceis de identificar como fraudes.
]Segundo o pesquisador Wei Hao, da Universidade de Columbia, os cibercriminosos estão usando a IA principalmente para refinar a linguagem dos ataques, sem necessariamente alterar suas táticas, como o uso de mensagens que criam um senso de urgência. Com a IA sendo utilizada para tornar os golpes mais sofisticados e eficazes, os especialistas alertam que o cenário pode se tornar rapidamente insustentável se medidas preventivas não forem adotadas.
O que a pesquisa também descobriu foi que os e-mails gerados por IA não diferiam significativamente dos e-mails de ataque gerados por humanos, pelo menos não em termos de gerar um senso de urgência. Parece que a IA, como os invasores humanos, reconhece a eficácia desse método em persuadir um destinatário a agir e se tornar uma vítima. “A urgência é uma tática deliberada comumente usada para exercer pressão e provocar uma resposta impensada do destinatário”, disse Hao, que sugeriu que “os invasores estão usando principalmente a IA para refinar seus e-mails e possivelmente seu inglês, em vez de mudar as táticas de seus ataques”.
Fonte: www.forbes.com