Banco Central confirma ataque hacker e desvios podem chegar a R$ 1 bilhão

O Banco Central confirmou que a empresa prestadora de serviços de tecnologia para instituições financeiras, C&M Software, sofreu um ataque hacker na última terça-feira (01). Embora ainda não haja confirmação sobre os valores, já se sabe que os desvios ultrapassam R$ 400 milhões, podendo chegar a mais de R$ 1 bilhão. A C&M Software é a companhia responsável pelo sistema que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB. O principal foco de atuação da empresa envolve o sistema da infraestrutura do PIX. A companhia confirmou o ataque hacker, contudo, até o momento, não divulgou oficialmente sobre os valores. O que se sabe é que os relatórios iniciais apontam um mínimo de R$ 400 milhões. O portal Brazil Journal divulgou a informação, através de uma fonte direta, de que já se comenta que o desvio teria ultrapassado a cifra de R$ 1 bilhão. O criminoso teria explorado a vulnerabilidade de diversas contas, e principalmente, da BMP. Embora não sejam divulgados os nomes de todas as instituições financeiras afetadas, os relatórios iniciais apontam que cada banco ou fintech afetados registraram perdas acima de R$ 50 milhões, em média. O portal Metrópoles sugeriu o termo “Roubo do Século” para definir o ataque hacker. A C&M foi desligada do sistema do Banco Central, imediatamente após detectarem o ataque e os desvios, e realizou uma reunião de emergência com o Banco Central. Em nota, a C&M afirma: “Por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das apurações, a C&M não comentará detalhes do processo, mas reforça que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais e que as medidas previstas nos protocolos de segurança foram integralmente executadas.” A BMP divulgou em nota que nenhum cliente terá prejuízo: “No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central. A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou a seus parceiros comerciais.” O Valor Econômico informou que uma pequena fração do dinheiro desviado teria sido recuperada pelas instituições afetadas, pelo MED, um mecanismo especial de devolução do PIX. E que participantes da indústria teriam criticado a segurança do BC: “Todos os bancos são obrigados a ter travas de volumetria, e o BC em si não tem. Como conseguem desviar pelo menos R$ 400 milhões e o sistema do BC não detecta risco de fraude?” Fontes: Metropoles, Brazil Journal, Valor, CNN

Principal testemunha em caso Odebrecht no Peru é encontrada morta e degolada

Uma testemunha-chave no caso de corrupção envolvendo uma ex-prefeita de Lima, capital do Peru, foi encontrada morta em sua residência a menos de três meses do início do julgamento. Trata-se de José Miguel Castro, ex-funcionário municipal durante a gestão da socialista Susana Villarán, entre 2011 e 2014, que cumpria prisão domiciliar. Castro foi réu no julgamento de Villlarán, acusada de receber propinas que chegam a cifras de 10 milhões de dólares das construtoras brasileiras Odebrecht e OAS, em 2019. Castro seria o 2º no comando do esquema de propinas e principal colaborador das investigações. “Ele era a segunda pessoa mais importante atrás de Villarán (…) Esperávamos sua valiosa contribuição“, disse o promotor José Domingo Pérez ao canal de notícias peruano Canal N. O corpo de Castro foi encontrado por volta das dez e meia da manhã do último domingo (29): “com um corte no pescoço“, segundo o relatório da polícia. As mídias locais noticiaram que ele foi degolado. Susana María del Carmen Villarán de la Puente, 75 anos, ex-candidata presidencial e primeira mulher eleita prefeita de Lima, é acusada de conluio, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa por ter recebido milhões de dólares de duas construtoras brasileiras. Ela admitiu ter recebido recursos tanto da Odebrecht quanto da OAS para financiar sua campanha de reeleição em 2013, mas negou que se tratasse de suborno. O julgamento está previsto para começar em 23 de setembro. Em 2016, a Odebrecht admitiu ter subornado autoridades na América Latina e na África para obter contratos de construção. Vários ex-presidentes peruanos foram investigados, dentre eles: O caso Odebrecht no Peru teve início a partir do escândalo de corrupção dos desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato no Brasil. Calcula-se que a Odebrecht teria pago em torno de US$ 29 milhões em subornos a servidores públicos, no período entre 2005 e 2014, no Peru. Fontes: BBC, Gazeta do Povo, Expreso

Ucrânia cria polo de armas para fortalecer Europa e contornar falta de apoio dos EUA

A Ucrânia anunciou uma guinada estratégica em sua postura defensiva no momento em que os Estados Unidos suspendem temporariamente o envio de sistemas de defesa aérea. O governo norte-americano decidiu interromper o fornecimento dos sistemas Patriot e de outros armamentos críticos — como os mísseis Hellfire e Stinger — devido à escassez desses equipamentos nos próprios estoques. A medida reforça a prioridade dada pelos EUA à sua prontidão militar diante de ameaças globais, especialmente na China e no Oriente Médio. Campanha aérea russa intensa Para Kiev, porém, a medida chega em momento crítico. A Ucrânia enfrenta uma campanha aérea russa intensificada que agrava a necessidade de reforço de defesa antiaérea. Autoridades veem a decisão com preocupação e já alertaram para o risco de falta de mísseis Patriot, essenciais para neutralizar ataques de mísseis balísticos e drones russos. Diante desse contexto, o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, anunciou um ambicioso programa de produção armamentista conjunta com países da coalizão Ramstein. O plano foi revelado durante reunião do Ukraine Defense Contact Group, em que participam cerca de 57 nações, incluindo membros da OTAN e União Europeia. A proposta prevê a instalação de linhas de produção licenciadas para drones, mísseis, munições e sistemas eletrônicos, em território ucraniano e também em países aliados, mas com destino exclusivo às forças ucranianas. Diversas empresas europeias já estariam envolvidas no projeto. O presidente Volodymyr Zelenskyy reforçou a urgência da iniciativa no mesmo encontro, afirmando que a Ucrânia precisa aumentar em ao menos 50% o volume de produção conjunta para suprir a demanda urgente de equipamentos. Já o vice-ministro Serhiy Boyev ressaltou a necessidade de investimento dos lucros oriundos de ativos congelados da Rússia para expandir essas capacidades industriais. A tensão entre o congelamento temporário do apoio americano e a mobilização internacional pelo fortalecimento da base produtiva reflete uma estratégia dupla de Kiev: lidar com os desafios imediatos de segurança e construir uma autonomia militar mais sólida a longo prazo. Ao mesmo tempo em que busca socorro urgente, a Ucrânia aposta na integração de sua indústria à rede ocidental de defesa, reduzindo a dependência de sistemas caros e de fornecimento limitado. Enquanto os EUA restringem o envio de armas sofisticadas por conta de sua mudança de conduta em relação à ajuda enviada, a Ucrânia avança em sua ambição de se tornar um polo de armamento na Europa. Isso exige coordenação entre aliados para enfrentar o dilema entre urgência e sustentabilidade militar. Fontes: Wall Street Journal, Kyiv Independent, Kyiv Independent, RBC-Ukraine

Pentágono congela envio de mísseis à Ucrânia e expõe fragilidade de estoques norte-americanos

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, determinou a suspensão temporária de um carregamento de mísseis e munições para a Ucrânia, segundo confirmaram fontes do Departamento de Defesa, do Congresso e pessoas próximas ao processo. A medida reflete crescentes preocupações com o nível crítico dos estoques militares norte-americanos, após anos de envios maciços de armamentos para Kiev e operações no Oriente Médio. A paralisação ocorre semanas depois de Hegseth ordenar uma revisão completa dos arsenais norte-americanos, desgastados não apenas pela guerra de defesa da Ucrânia contra a invasão russa, mas também pelos combates no Iêmen contra os houthis e pelo apoio contínuo a Israel e a aliados contra o Irã. Leia mais: Putin anuncia corte do orçamento militar para 2026 Entre os armamentos retidos estão dezenas de interceptadores Patriot, milhares de munições de artilharia 155mm de alto explosivo, mais de 100 mísseis Hellfire, 250 sistemas GMLRS, dezenas de mísseis Stinger, mísseis ar-ar AIM e lançadores de granadas. Fontes afirmam que esses itens poderão permanecer bloqueados até a conclusão da revisão do Pentágono — e podem até ser redirecionados caso sejam considerados prioritários para outros teatros de operações. Em nota, a porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, justificou a decisão. “Esta medida foi tomada para colocar os interesses da América em primeiro lugar após a revisão do DOD sobre a assistência militar global. A força das Forças Armadas dos Estados Unidos permanece inquestionável — basta perguntar ao Irã“, afirmou. Leia mais: Sabotagem do Nord Stream: Zelensky foi avisado, CIA tentou impedir, Alemanha ignorou alerta O presidente Donald Trump, em evento recente da OTAN em Haia, reconheceu que a Ucrânia segue solicitando sistemas de defesa aérea Patriot, mas ressaltou que o arsenal norte-americano também é limitado. “Eles querem ter os mísseis antimísseis, e vamos ver se podemos disponibilizar alguns. Mas nós também precisamos deles“, explicou. Do lado ucraniano, a reação foi de frustração. O parlamentar Fedir Venislavskyi, membro do comitê de defesa de Kiev, declarou à Reuters que a decisão do Pentágono é “muito desagradável” e “dolorosa” diante da sequência de ataques aéreos russos. A suspensão, ainda que temporária, lança dúvidas sobre a capacidade de Washington de sustentar o ritmo de apoio militar à Ucrânia sem comprometer sua própria prontidão estratégica. Fonte: www.nbcnews.com

Afinal, pobre quer mais imposto?

As eleições de 2022 foram marcadas por uma polarização acirrada. O “nós contra eles” tomou grandes proporções e a disputa, em vários casos, saiu do campo político diretamente para as varas cíveis e criminais de diversos estados. Uma das pautas que levavam indivíduos a desavenças e, em casos extremos, litígios na justiça, era a questão da disposição do governo petista de gastar dinheiro com a cortina de fumaça do investimento. De um lado, apoiadores de Lula que ansiavam pela volta do amor e do cuidado com os pobres; do outro lado, apoiadores de Bolsonaro, confiantes nas políticas mais voltadas às liberdades individuais e ao liberalismo econômico. Lula retoma a presidência e o amor começa a custar caro logo na largada! Uma PEC da transição, flexibilizando o teto de gastos e a recriação de ministérios, saltando de 23 para 40, começou a pesar nas contas e o Brasil precisou entrar no cheque especial, o que gerou a necessidade de maior arrecadação, sendo necessário criar ou aumentar impostos, uma vez que o governo não sinaliza nenhuma possibilidade de corte de despesas. Aumento do IOF Uma das medidas que o governo viabilizou como forma de solucionar o problema das contas públicas para que chegue ao final do ano dentro da meta foi o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A medida não impacta apenas ricos, como o governo estimula a grande massa a pensar. Os discursos de integrantes do governo, como por exemplo Fernando Haddad, ministro da Fazenda, retomam aquela polarização lá de 2022, ressuscitando o “nós contra eles” como se apenas os mais ricos fossem os culpados pelos déficits governamentais e pela escassez do pobre. A questão é tão óbvia que o discurso simplesmente perdeu força e a população, mais uma vez, foi implacável nas redes sociais, gerando uma onda de desaprovação, fazendo com que o governo recuasse, mas o recuo não foi total, foi parcial e o brasileiro foi alertado sobre isso pelas pessoas mais atentas, o que gerou uma escalada do assunto a níveis mais altos. Leia mais: Lula perdeu Brasília: crises escancaram a ingovernabilidade Encabeçado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, que colocou em pauta o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para suspensão do aumento do IOF, aprovado no último dia 25 de junho, o bloqueio assustou a base governista, que contava com a receita para ter um fôlego nas contas públicas. O congresso, que representa o povo e tem legitimidade para decidir sobre temas que impactem a vida do cidadão, bloqueou o aumento do imposto, mas a questão não está decidida ainda. O PSOL, partido comprometido com os mais pobres e com as minorias, entrou com um pedido no STF para derrubar o bloqueio do aumento. Ficou confuso? Vamos de novo… o PSOL, que em seu estatuto, no capítulo II, artigo 6º, diz que é solidário à luta dos trabalhadores, visando uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária, entrou com um pedido no STF para não permitir que o congresso atrapalhe os planos do governo de aumento do Imposto sobre Operações financeiras. Então temos duas situações: ou a vontade do povo é pagar cada vez mais impostos e o partido está representando-o junto ao Supremo para fazer frente ao congresso malvado que evitou aumento tão esperado pelos trabalhadores, ou os representantes do PSOL deixaram de lado a finalidade prevista em estatuto para atender a outros fins. Leia mais: IOF: a esperança de Lula está no STF, que pode reverter vitória do contribuinte O STF recepcionou o pedido e já está dando prosseguimento internamente. O ministro Gilmar Mendes foi o sorteado para ser relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pelo PSOL, mas acabou encaminhando o caso ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, sugerindo que o caso ficasse sob os cuidados do ministro Alexandre de Moraes. A justificativa de Gilmar Mendes foi que Moraes já estava frente de um caso cujo tema possui “coincidência parcial“, fazendo com que o presidente do supremo redistribuísse o caso, atendendo às justificativas de Mendes. Tem-se então, ao menos, duas situações em que a matéria a ser relatada no supremo versa sobre impostos. Murray Rothbard, autor libertário, via o imposto como um roubo, uma vez que a população é coagida a entregar parte de seus rendimentos. Se o mesmo pudesse ser notificado de que casos de impostos estão sendo tratados no STF, talvez ele ficasse radiante acreditando que suas obras geraram consciência e resultados. Uma grande ironia do destino, não é mesmo?! Fraternidade com o governo O desdobramento deste caso parece ter um caráter fraterno, mas não em relação aos trabalhadores e sim ao governo. O partido se submeteu a solicitar que seja realizado um aumento de impostos aos trabalhadores. Se o pedido não for atendido pelo Supremo, o partido ficará queimado na história, torcendo para que o povo esqueça. Caso a exigência judicializada dê certo, o verdadeiro amigo se dá bem, ganha fôlego para equilibrar as contas públicas e pode posar de bom moço por ter seguido as regras do orçamento. Adicionar carga tributária ao trabalhador brasileiro para encher os cofres públicos só vai gerar mais peso para empregados e empregadores. O pobre, conhecido também por “nós“, sofrerá ainda mais com o aumento do tributo que vai impactar diretamente em seu cotidiano, seja nas operações de crédito que fizer, seja nos produtos que absorverão este possível aumento da carga tributária, sendo repassado diretamente ao consumidor. Caso ocorra, quem será responsabilizado pelo aumento do tributo? Pobre realmente quer mais imposto? Eu sou Felipe Santos, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, formado pela Fundação Getúlio Vargas, Universidade da Califórnia e Universidade de São Paulo, atuo no mercado financeiro desde 2008. Experiente em diversas áreas no mercado, professor de Finanças Pessoais e Investimentos da Escola de Geopolítica e Atualidades Danuzio Neto e criador da Mentoria de Investimento Ágil, ajudo pessoas a investir em apenas 30 dias com segurança e praticidade. Somente um patrimônio acumulado é capaz de proporcionar a você um futuro com conforto, segurança e liberdade. O tempo passa, comece! Siga-me

União Europeia avança acordo comercial pró-Ucrânia, deixando agricultores europeus revoltados

Nesta segunda-feira (30), a Comissão Europeia anunciou que o bloco chegou a um entendimento preliminar com a Ucrânia para revisar o acordo de livre comércio que dita as relações entre as partes. O objetivo é substituir as medidas emergenciais implementadas após a invasão russa ao país, em fevereiro de 2022, mas expiradas no início de junho deste ano. Descrita pelo comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, como “equilibrada, justo e realista“, a revisão garante a Kyiv condições privilegiadas em relação às em vigor antes da guerra, mas é menos abrangente que aquelas aplicadas logo após a deflagração do conflito. “Este acordo representa o melhor resultado possível dentro de uma conjuntura geopolítica difícil“, admitiu Sefcovic. O acordo original suspendeu as tarifas de importação sobre produtos oriundos da Ucrânia, e fez disparar as exportações ucranianas para a UE. O comércio ajudou a dar fôlego a Kyiv e compensar as perdas com a guerra. Dentro da UE, no entanto, um grupo de estados-membros, notadamente França e Polônia, se opõe ferrenhamente ao entendimento. Alguns deles inclusive aplicaram proibições de importação para proteger seu setor agrícola da “concorrência desleal” dos produtos ucranianos. Tais medidas seguem em vigor. A revisão prevê o compromisso de Kyiv de alinhar seus padrões agrícolas às regras da UE até 2028, em áreas que vão de controle de pesticidas ao bem-estar animal. De forma a equilibrar as demandas, autoriza ambos os lados a limitar importações no caso de “disrupções de mercado significativas“. E, em claro aceno aos dissidentes dentro do bloco, estabelece quotas para produtos sensíveis, como açúcar e ovos, enquanto aumenta limites para outros itens. A Ucrânia celebrou o acordo, classificando-o como “muito bom“. Seu principal negociador, Taras Kachka, afirmou que o país já vem se aproximando das regras da UE, em processo “que não começou hoje, mas há 15 anos”. Ele concluiu dizendo que Kyiv é um “parceiro comercial previsível“. Apesar das condições menos ambiciosas, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, se mostrou animada com os resultados. “O lugar da Ucrânia é na família“, comentou em nota, dizendo também que a UE “segue comprometida com a integração total do país ao bloco“. Após as definições políticas, a revisão segue para ajustes técnicos. A Comissão planeja apresentar o acordo aos estados-membros e ao Parlamento nos próximos dias. Sefcovic afirmou que o entendimento traz estabilidade para as relações e demonstrou confiança na aprovação. “Quando mostrarmos que o acordo é benéfico tanto para a Ucrânia quanto para nossos agricultores, acredito que teremos o apoio necessário“. Fontes: Politico, Euronews, Eu News

2 espiões chineses presos nos EUA por tentativa de recrutar soldados

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos formalizou nesta terça-feira (01) acusações contra dois cidadãos chineses, Yuance Chen e Liren “Ryan” Lai, por atuarem como agentes do Ministério de Segurança do Estado da China (MSS) e tentarem recrutar militares americanos. Segundo a investigação, Chen, que vivia legalmente no Oregon desde 2015, e Lai, que entrou nos EUA com visto de turista em abril deste ano, montaram um esquema de espionagem que incluía pagamentos em dinheiro em locais públicos para os cidadãos norte-americanos recrutados.  Em janeiro de 2022, por exemplo, eles organizaram um “dead drop“, técnica clássica de espionagem na qual US$10 mil foram deixados em um centro recreativo na Califórnia como pagamento por informações confidenciais sobre membros da Marinha. O caso ganhou repercussão porque Chen chegou a fotografar bases navais, centros de recrutamento e coletar dados pessoais de militares, como nomes, cidades de origem e histórico familiar. Tudo era enviado a contatos ligados ao governo chinês. De acordo com o procurador-geral Pam Bondi, essa operação faz parte de um esforço agressivo do Partido Comunista Chinês para infiltrar agentes no sistema de defesa dos EUA. O diretor do FBI, Kash Patel, disse que, mesmo usando métodos aparentemente rudimentares, como dinheiro trocado em armários, os dois agiam com alto grau de planejamento e dissimulação. Chen foi preso em Oregon e Lai acabou detido em Houston, no Texas. Eles já compareceram perante tribunais federais e podem pegar até 10 anos de prisão e multas que chegam a US$250 mil. O Departamento de Justiça também revelou que os suspeitos mantinham contato constante com operativos chineses por aplicativos criptografados. Fontes como Associated Press e Houston Chronicle confirmaram que os alvos principais eram militares da Marinha que, em tese, poderiam fornecer informações logísticas e de segurança sobre operações navais sensíveis. Este episódio ocorre em meio a uma sequência de ações do governo norte-americano contra atividades clandestinas de Pequim. Em 2023, dois marinheiros foram indiciados por fornecer segredos à China. No ano seguinte, outros cinco suspeitos foram presos ao fotografar exercícios militares em Michigan, indicando um padrão consistente de tentativas de espionagem. Em paralelo, casos como o do engenheiro Ji Chaoqun, condenado em 2023 por espionagem industrial, reforçam os sinais de que Pequim vem usando cidadãos aparentemente integrados à sociedade americana como agentes de coleta de dados confidenciais. O governo chinês ainda não divulgou comentários oficiais sobre o caso, mas autoridades norte-americanas interpretam a operação como parte de uma estratégia mais ampla de Pequim para obter inteligência militar crítica. O momento é delicado: relações bilaterais seguem pressionadas por acusações mútuas de espionagem, restrições comerciais e disputas sobre tecnologia. Especialistas em segurança alertam que esse modelo híbrido de espionagem, combinando agentes locais e estrangeiros com operações cibernéticas, tende a se intensificar, mesmo com repressões severas. Os promotores afirmam que as detenções demonstram o compromisso dos EUA em proteger suas Forças Armadas e o povo norte-americano, e enviar um recado claro a adversários estrangeiros. Apesar das prisões, esse tipo de infiltração continuará sendo uma ameaça constante e exigirá reforço contínuo da contrainteligência.  Fontes: US Department of Justice, CNN, Reuters

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