Danuzio Neto aciona advogados para reaver seu canal do Telegram

O canal do Telegram do professor Danuzio Neto foi derrubado na última quinta-feira (26) após “denúncias falsas” em massa. Nessa sexta-feira, após orientação de seus advogados, especialistas em Direito Digital, João Mazzieiro e Matheus Pupo, o professor decidiu entrar com uma ação judicial para recuperar o canal. O canal do Telegram de Danuzio Neto foi criado em 2019 e possui mais de 146 mil inscritos. O mesmo era utilizado como espaço para divulgação de análises e notícias relacionadas a temas internacionais, geopolítica, política e defesa nacional. Na quinta-feira, o canal foi desativado, unilateralmente, pelo próprio Telegram, que apenas enviou uma mensagem automática informando que a suspensão se deu em função de denúncias de conteúdo ilegal realizadas por usuários da plataforma, que foi acatada após verificação por seus moderadores. A decisão com base nessas denúncias em massa gerou a remoção do conteúdo e a limitação da conta. Com essas medidas, além da desativação do canal, Danuzio Neto não poderá criar novos canais e nem realizar postagens públicas através de sua conta. Noticiamos aqui. O professor Danuzio Neto declarou que não compartilha conteúdos ilegais e considera que a suspensão ocorreu, injustamente, através de um ataque de denúncias coordenado para tentar silenciar seu trabalho. No dia 20 de junho, também aconteceu um ataque massivo de DDoS no lançamento do seu novo portal de notícias, o Danuzio News, esse mesmo em que o leitor está acessando para ler esse conteúdo. Ataques DDoS se baseiam em uma quantidade excessiva de acessos simultâneos e momentâneos, que visam derrubar sites para que fiquem indisponíveis. Foram 700 mil solicitações realizadas ao longo da primeira hora de funcionamento do site. Diante dos fatos aqui relatados, o professor Danuzio Neto acionou seus advogados para que medidas judiciais sejam tomadas a fim de recuperar seu canal do Telegram. Estivemos em contato com os advogados para alguns breves questionamentos, com o intuito de esclarecer os seguidores do professor sobre a polêmica situação. Abaixo, seguem 4 questionamentos realizados: Quais são os passos que serão adotados judicialmente para reaver o canal do Telegram? Advogado: Entraremos com uma ação judicial contra o Telegram. Essa ação é para pedirmos o restabelecimento do perfil do Danuzio, pois foi desativado sem justificativa, além de indenização por danos morais. Nenhum perfil pode ser desativado sem que comprovadamente tenha violado as diretrizes da plataforma. O Telegram não demonstrou, nem justificou, qual foi a violação. Apenas derrubou. Por essa razão, cabe a ação judicial para tentarmos reaver a conta. A plataforma tem um prazo para analisar esse tipo de decisão? Advogado: Nesta ação, nós fazemos um pedido liminar, que possibilita que o juiz determine que o Telegram restabeleça imediatamente o perfil enquanto o processo tramita. Como os processos são longos e demorados, não dá para esperar o processo acabar para, somente então, o juiz mandar a conta ser devolvida. Assim, se o juiz entender que há urgência no nosso pedido, ele vai ordenar que a plataforma restabeleça a conta em prazo imediato (2 a 5 dias, em média). Se não cumprir a decisão, o Telegram pode ser condenada a pagar multa diária por cada dia de descumprimento. De toda forma, não existe um prazo mínimo para essa retomada. Cada caso tem uma peculiaridade, depende de cada juiz etc. Já tive casos em que a conta foi restabelecida na mesma semana em que o juiz ordenou; ao passo que em outros, somente após meses e muita multa aplicada é que a plataforma devolveu o perfil ao usuário. Como lidar com redes sociais como o Telegram, que só têm um escritório de advocacia aqui no país? Advogado: Antigamente, era mais complicado tomar medidas judiciais contra o Telegram, que não tinha sede no país. Isso desencorajava as pessoas. Todavia, nenhuma plataforma digital pode mais operar no país sem que tenha alguma sede ou representação local. Eles foram obrigados a regularizar. Não possuem sede física como Facebook e Google, mas escritórios de advocacia no BR habilitados para os representarem no país. Na prática, nada muda. É como se tivessem sede em SP. Nossa legislação já prevê esse tipo de situação? Advogado: Sim. Retomada de perfis desativados é algo bastante comum para a justiça. Nosso escritório já ajuizou mais de 200 ações nesse sentido nos últimos anos. Essa notícia foi solicitada pelo próprio Danuzio Neto, com o intuito de esclarecer aos seus seguidores e leitores, para que saibam, de forma transparente, dos trâmites relacionados à queda de seu canal no Telegram. E os manterá informados a cada determinação ou novidade sobre o caso. Danuzio segue ativo nas suas demais plataformas de mídias sociais. Você pode continuar o acompanhando através do portal Danuzio News e de seu perfil no Instagram.

O jogo duplo da França: discurso sustentável, boicote por trás

Diversos estados-membros da União Europeia têm demonstrado desconforto com o que consideram “estratégias” do governo francês para atrasar as metas de sustentabilidade do bloco. A intenção de Paris seria propor, no próximo encontro de líderes do bloco, a separação da busca pelos objetivos firmados para 2035 e 2040. Segundo altos servidores do bloco, um pequeno grupo de países apoia as iniciativas, defendendo que primeiro devem ser tratados os objetivos de 2035, para então iniciar a discussão envolvendo as metas de 2040. Hungria e Polônia – esta a proponente inicial da ideia – estariam no grupo, mas, nas palavras do oficial, “La France lidera“. O debate gira em torno de objetivos previstos em normativos distintos. As metas para 2035 constam do Acordo de Paris, em que a ONU exige que, até setembro deste ano, os signatários apresentem seus alvos. Em momentos anteriores, o valor discutido na UE para este período girou em torno de 72,5% de redução de emissões. Por sua vez, os objetivos para 2040 estão previstos na Lei Europeia do Clima, cujo objetivo é levar o bloco à neutralidade climática até 2050. Pela lei, a UE deve apresentar metas para cada década, indicando o caminho até o chamado “net-zero“. Para 2040, a Comissão Europeia, braço executivo do bloco, pretende apresentar como meta a redução de 90%. Oficiais franceses, entre eles o ministro para Transição Ecológica e o representante oficial em Bruxelas, se apressaram a negar as acusações. “Desmembrar as metas de 2024 e 2025 não é o nosso objetivo“, afirmou o ministério da Ecologia. “Antes de correr para uma nova meta, vamos detalhar como atingi-la e dar suporte aos nossos agentes econômicos“, disse Benjamin Haddad, ministro francês para a Europa. As questões climáticas e seus reflexos na economia do bloco vêm se tornando um ponto cada vez mais contencioso para a UE. A mudança da composição do parlamento após as últimas eleições, com a ascensão de partidos à direita do espectro político, forçou a liderança do bloco a rever posições e fazer concessões. “A única coisa que Macron vai conseguir propondo o desmembramento no próximo encontro é fazer a UE parecer dividida“, lamentou um oficial. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vem sofrendo ataques de ambos os lados, ora por privilegiar os objetivos sustentáveis previstos no “Green Deal“, ora por flexibilizá-los. A discussão em torno de manter ou desmembrar as metas vai na esteira dessa divisão. Fontes: Politico Europe, The New York Times

EUA começam 2025 com queda de 0,5% no PIB e consumo enfraquecido

A economia dos Estados Unidos encolheu 0,5% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados revisados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Departamento de Comércio. O número superou a estimativa anterior, que apontava uma retração de 0,2%, e intensificou as preocupações sobre o ritmo da atividade econômica no início do ano. É a primeira vez desde 2022 que o Produto Interno Bruto (PIB) — que mede tudo o que o país produz — registra queda, sinalizando que a economia americana começou 2025 perdendo fôlego. Aumento das importações Um dos principais fatores para o resultado negativo foi o aumento expressivo das importações. As empresas americanas compraram quase 38% a mais de produtos do exterior em relação ao trimestre anterior, temendo tarifas futuras diante de uma avaliação de mercado que sinalizava possível endurecimento nas políticas comerciais. Embora indiquem atividade econômica na cadeia de suprimentos, as importações afetaram negativamente o PIB por se referirem a bens produzidos fora do país. Como não geram valor dentro da economia americana, essas compras contribuíram para a retração no resultado final. Segundo o governo, o impacto foi de quase cinco pontos percentuais no desempenho do trimestre. Os gastos dos consumidores, que sustentam boa parte da economia dos EUA, cresceram apenas 0,5% entre janeiro e março — uma forte desaceleração em comparação aos 4% do fim de 2024. Isso mostra que os americanos estão mais cautelosos para consumir, afetados pelos preços altos e juros elevados. O governo federal também reduziu seus gastos em 4,6% no trimestre — uma das maiores quedas desde 2022. Essa contenção atingiu setores importantes, como defesa, infraestrutura e programas sociais, diminuindo o fluxo de investimentos públicos na economia. Com isso, o corte de despesas reduziu ainda mais o ritmo da atividade econômica, retirando dinheiro de setores importantes. Redução de gastos estatais Mesmo com a redução de gastos pelo governo, a inflação segue elevada. O índice de preços PCE — usado pelo Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) para acompanhar o custo de vida no país — avançou 3,7% no período. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia devido à sua volatilidade, subiu 3,5%. Ambos os índices seguem acima da meta de 2%, o que complica a redução dos juros. Apesar do desempenho abaixo do esperado, parte dos analistas mantém uma perspectiva otimista para o segundo trimestre. O Federal Reserve de Atlanta projeta crescimento de até 3%, enquanto outras consultorias apontam uma recuperação mais moderada, entre 1,5% e 2%. Por outro lado, há quem veja um risco maior: que os Estados Unidos estejam entrando em um ciclo de crescimento fraco com inflação resistente — um cenário conhecido como estagflação, no qual há estagnação da atividade econômica combinada com alta persistente dos preços —, o que dificultaria uma retomada sustentada nos próximos meses. Enquanto isso, outras grandes economias apresentaram desempenhos mais favoráveis. A China cresceu 1,2% no mesmo período, impulsionada pelo setor de tecnologia e investimentos públicos. Já a Zona do Euro avançou 0,4%, com destaque para a recuperação gradual da indústria alemã. Esses contrastes reforçam as dúvidas sobre a resiliência do modelo econômico dos Estados Unidos. Fonte: Daily Sabah

Eles querem o seu dinheiro — e não é o governo desta vez

Apesar da recente discussão acalorada acerca do aumento ou criação de impostos, não é da voracidade do governo que falaremos, pelo menos, não por hoje. O assunto de hoje é declaradamente e expressamente tipificado na legislação penal, o que não se aplica – ainda, de acordo com anseios libertários – à disposição do governo de arrecadar. O roubo de dinheiro das contas e de cartões de crédito dos brasileiros revela cifras impressionantes e você pode estar vulnerável. Uma matéria do jornal Valor Econômico revelou que, apenas nos últimos dois anos, os golpes utilizando-se de cartões de crédito e Pix somaram R$ 10 bilhões. Um destaque para o aumento de 43% nos golpes aplicados apenas com Pix, revela que há uma expansão da atividade criminosa, o que gera preocupação não somente às autoridades, mas também ao público bancarizado em geral. Um levantamento feito pela Agência Brasil noticiou que, em 2024, 51% dos brasileiros foram lesados com algum tipo de fraude. A principal foi o golpe com cartões de crédito (47,9%), seguido de boletos falsos ou transações fraudulentas via Pix (32,8%) e phishing, e-mails ou mensagens fraudulentas que induzem ao roubo de dados (21,6%). O fato de termos evoluído em tecnologias que facilitam a vida do cidadão parece ter facilitado também a vida dos criminosos, que se apoderaram das ferramentas tecnológicas para melhorar o poder de convencimento de suas vítimas, aumentar as chances de sucesso no golpe e maximizar o produto do crime. A matéria traz uma declaração de Rodrigo Colossi, superintendente de prevenção a crimes financeiros do Banco BV, onde ele alerta sobre a engenharia social que envolve os crimes, tendo técnicas avançadas de tratamento dos dados, como por exemplo clonagem de vozes, criação de vídeos e outros recursos bastante convincentes. Dinheiro fácil A prática de crimes desta natureza possui uma característica em comum que deve ser levada em consideração e acender a “luz amarela“: dinheiro fácil. Com oito a cada dez famílias endividadas no Brasil, a promessa de ganhos rápidos e com pouco ou nenhum esforço torna-se a isca perfeita para os criminosos. A promessa de resolver um problema que pode durar a vida inteira, simplesmente clicando em um link ou se endividando para investir em uma suposta oportunidade altamente lucrativa e desconhecida, pode fazer com que o valor movimentado por golpes, já alto nos últimos dois anos, cresça ainda mais neste ano e nos próximos. Como evitar que mais golpes sejam aplicados? Colossi afirma que a conscientização seria o essencial para evitar novas fraudes. Segundo o executivo do Banco BV, cerca de R$ 47 milhões já foram investidos em segurança pelas instituições financeiras, mas ainda assim a informação e educação financeira de baixo nível na sociedade permite que indivíduos cometam crimes desta natureza contra cidadãos. Lembre-se de que estamos disputando uma quantidade de riqueza disponível. Dinheiro troca de mãos e a todo momento vão tentar tirá-lo de você, seja por meios lícitos, oferecendo um produto ou serviço, seja por meios ilícitos, através de links, promoções imperdíveis e urgentes ou boletos que você não verifica se são realmente aqueles que precisa pagar. Eu sou Felipe Santos, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, formado pela Fundação Getúlio Vargas, Universidade da Califórnia e Universidade de São Paulo, atuo no mercado financeiro desde 2008. Experiente em diversas áreas no mercado, professor de Finanças Pessoais e Investimentos da Escola de Geopolítica e Atualidades Danúzio Neto e criador da Mentoria de Investimento Ágil, ajudo pessoas a investir em apenas 30 dias com segurança e praticidade. Siga-me no Instagram no @fe_ivestimento_agil ou se preferir, mande um email para [email protected]. Somente um patrimônio acumulado é capaz de proporcionar a você, um futuro com conforto, segurança e liberdade. O tempo passa, comece!

Irã pediu que Hezbollah não atacasse Israel

Apesar da escalada militar entre Irã e Israel nas últimas semanas, o grupo libanês Hezbollah permaneceu surpreendentemente inativo, sustentado por uma combinação de fatores domésticos, regionais e militares. Fontes dos Estados Unidos apontam que uma mistura de limitações internas e advertências externas resultou na decisão de evitar o envolvimento direto na guerra. Hezbollah, fundado nos anos 1980 com apoio dos Guardas Revolucionários do Irã, consolidou-se como força militar e política dominante no Líbano, frequentemente descrita como um “Estado dentro do Estado”. No entanto, após o conflito prolongado com Israel em 2024, o grupo sofreu perdas severas, incluindo a destruição de infraestrutura, eliminação de líderes e enfraquecimento de comando. Segundo um alto oficial norte-americano, o Hezbollah “recebeu ordens claras de Teerã para não entrar na briga, evitando uma resposta militar que aceleraria o risco de retaliação israelense e ameaçaria sua capacidade remanescente”. O discurso retórico em apoio ao Irã foi intenso, mas restrito a declarações públicas, sem ação militar real no sul do Líbano. Israel bombardeou posições do Hezbollah Mesmo com o cessar-fogo entre Israel e Hezbollah em vigor, o sul do Líbano continua sendo bombardeado pelas Forças de Defesa de Israel. No ataque mais recente realizado na manhã de hoje (27), as IDF visaram redes de túneis e infraestrutura do grupo no entorno da cidade de Nabatieh. Uma pessoa foi morta e 11 ficaram feridas após os ataques atingirem um edifício na cidade. Israel não divulgou se esse ataque visava algum alvo específico.  Internamente, a milícia enfrenta restrições significativas. O governo libanês, com apoio americano e francês, exige agora o monopólio do uso de armas dentro das fronteiras nacionais. O Exército do Líbano (LAF) removeu gradualmente armas e posições do Hezbollah do sul do país, com cerca de 80% das metas de desarmamento já alcançadas sob supervisão militar e inteligência israelense. Hezbollah está enfraquecido O apoio da própria base política e social do Hezbollah está enfraquecido. A devastação causada pelo conflito de 2024 aumentou a desilusão entre seus principais apoiadores xiitas, que agora exigem prioridade na reconstrução civil, não em novos confrontos militares. Lideranças políticas, como o presidente Joseph Aoun e o premiê Nawaf Salam, reforçam a necessidade de neutralidade para evitar uma queda ainda maior no Líbano, abalado por colapso estatal, economia em ruínas e crise humanitária. Até o momento, a postura cautelosa do Hezbollah tem sido reforçada por coalizões internacionais focadas em limitar o envolvimento libanês no conflito. EUA e França encorajaram o grupo a permanecer à margem da escalada, oferecendo ao governo libanês apoio militar se ele assumisse a segurança interna. A situação geopolítica atual coloca o Hezbollah em um ponto de inflexão. Embora mantenha um arsenal significativo de mísseis, inclusive de alcance médio e longo, e a capacidade de projetar poder, a destruição de armas e infraestrutura, a queda de líderes como Hassan Nasrallah e a imposição de limites domésticos tornaram seu retorno ao confronto arriscado. Autopreservação Após o ataque de Hamas a Israel em outubro de 2023, Hezbollah lançou uma segunda frente no Líbano, marcando um prolongado período de combates, destruição e mais de mil mortes. Contudo, ao longo do conflito, tornou-se evidente que o grupo estava fisicamente limitado, especialmente após a morte de lideranças-chave e a perda de uma quantidade substancial de seu arsenal. Hoje, embora retórica, solidariedade simbólica e apoio diplomático ainda façam parte de sua estratégia, o Hezbollah optou por preservar sua capacidade, evitando a devastação de um novo confronto em guerra aberta. Essa postura reflete uma lição aprendida à força: depois de ter ficado quase irreconhecível, a organização prioriza sua sobrevivência em vez de impulsionar nova escalada. Fontes: The National News, Oxford Analytica, ABC

Autópsia de Juliana Marins: Legistas descartam hipotermia

A autópsia de Juliana Marins foi divulgada nesta sexta-feira (27). O exame foi realizado em Bali e descartou a possibilidade de sua morte ter sido devido à hipotermia. O corpo de Juliana foi transferido do Hospital Bhayangkara, na província do monte Rinjani, devido a falta de peritos especialistas que pudessem realizar a autópsia. E transferido para o Hospital Bali Mandara em Bali. O médico legista, Ida Bagus Putu Alit, deu detalhes sobre o resultado da autópsia de Juliana Marins, em uma coletiva de imprensa no Hospital Bali Mandara em Denpasar, uma ilha de Bali, na Indonésia. “Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Sua morte teria ocorrido em] menos de 20 minutos.“ Alit informou que não havia sinais que corroborassem com a hipótese de hipotermia, como lesões nas pontas dos dedos que sugerissem menor circulação sanguínea, sinais típicos associados à essa condição. Estima-se que, Juliana Marins teria caído por volta das 6:30 do sábado (21) em uma trilha cercada por desfiladeiros. As autoridade indonésias declararam que Juliana ainda estava viva no sábado, de acordo com imagens de drones e outros vídeos gravados. O legista não soube precisar se esse apontamento da autópsia sobre os 20 minutos, foram decorrentes logo após a primeira queda ou se seriam decorrentes de uma posterior segunda queda. O que se sabe é que ela teria morrido em decorrência de um trauma contundente, que afetou órgãos internos, sendo os mais graves na caixa torácica e no abdômen, que geraram hemorragias. “Foram encontrados ossos quebrados, principalmente na região do peito, nas costas, na coluna e nas coxas“, diz o resultado. Na opinião do médico legista, o que pode-se afirmar é que a morte da vítima ocorreu em um intervalo de tempo muito curto, após os ferimentos mais contundentes.

Lula perdeu Brasília: crises escancaram a ingovernabilidade

Baixa popularidade, sucessivas derrotas no Congresso e erosão da base de apoio escancaram crise O dia 25 de junho de 2025 foi um dia atípico na democracia brasileira. Pela primeira vez em 33 anos, um decreto presidencial foi derrubado pelo Congresso Nacional. O aumento de alíquotas do IOF feito por Lula foi rechaçado na Câmara dos Deputados, por meio de um projeto de decreto legislativo (PDL) com 383 votos favoráveis e 98 contrários. Logo em seguida, o Senado também aprovou a medida, em votação simbólica. A última vez que isso havia acontecido foi ainda no governo Collor em março de 1992, e seis meses depois, o cenário político instável levou ao início do processo de impeachment de Fernando Collor. Mais do que uma nova derrota do governo Lula no parlamento, o processo político que levou a esse resultado carrega um simbolismo maior, com vários sinais de que a já combalida base do governo se esfacelou, passou a ser uma peça de ficção. Restam apenas os partidos mais à esquerda votando fielmente com o governo: PSOL, Rede, PCdoB, PV e o próprio PT. Ou seja, a base verdadeiramente fiel do governo na Câmara dos Deputados é de 5 partidos com apenas 93 deputados no total, menos de um quinto dos 513 deputados federais. Direita e Centro A direita votou em peso contra o aumento de tributos, assim como os partidos de centro que comporiam a base do governo e que possuem ministérios na Esplanada (MDB, PDT, PP, PSB, PSD, Republicanos e União Brasil). Até mesmo o PDT e o PSB, mais inclinados à esquerda, votaram majoritariamente para derrubar o decreto presidencial. A derrota de Lula começou com uma publicação do Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) na rede social X. Às 11h35 da noite da terça-feira (24), Motta anunciou que a votação sobre o IOF estava pautada para dali a poucas horas, no dia seguinte. O governo foi pego de surpresa. E a relatoria ficou com a oposição (Coronel Chrisóstomo, do PL-RO). Publicamente, parlamentares têm dito que não há espaço para mais impostos ou tributos no país, apesar de terem aprovado o aumento do número de deputados no mesmo dia, mas também pesa a relação desgastada com o governo. Há descontentamento com a demora na execução de emendas parlamentares e com decisões da equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Outra fonte de insatisfação é a Ação Direta de Inconstitucionalidade que apura a falta de transparência e de rastreabilidade nas emendas parlamentares, que transita no STF (Supremo Tribunal Federal), sob a relatoria do ministro Flávio Dino. As decisões de Dino têm gerado atrito com o Congresso. Em dezembro de 2024, por exemplo, Dino suspendeu o pagamento de R$4,2 bilhões do orçamento da União em emendas, até que cumprissem os requisitos de transparência. E somente dois meses depois, Dino finalmente homologou um plano de trabalho apresentado pelo Congresso, liberando as emendas. Como o ministro foi indicado por Lula, os parlamentares avaliam que o governo deveria intervir para evitar os atritos. Tensão entre Congresso e STF Após a histórica derrota do IOF sofrida pelo governo, tanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), quanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, comparecerão pessoalmente ao STF nesta sexta-feira (27), para uma audiência marcada pelo ministro Flávio Dino no curso do processo sobre as emendas parlamentares. E já chegarão com mais um conflito instaurado. Lideranças do PT defendem acionar o STF para questionar a atuação do Congresso Nacional. Técnicos da AGU (Advocacia-Geral da União) avaliam que a derrubada do decreto poderia ser inconstitucional. O art. 49 da Constituição Federal define as competências exclusivas do Congresso Nacional, dentre as quais “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa” (inciso V). A teoria é que, apesar de impopular, o decreto presidencial não teria extrapolado o poder regulamentar do Executivo. Na prática, bem se sabe que o intuito do decreto não é meramente regulatório, mas sim arrecadatório. Toda a equipe econômica do governo fala da sua necessidade para diminuir o rombo das contas públicas. Essa pode ser uma saída técnica para o governo impor o aumento do IOF, mas antes mesmo de qualquer apreciação pelo Judiciário, já está criando repercussões políticas. A judicialização seria uma verdadeira declaração de guerra entre governo e Congresso, segundo aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta. Levar o caso ao STF significaria tentar acuar o Legislativo, apostando no questionável ativismo judicial, quando o Judiciário age de forma mais intervencionista sobre as competências dos demais Poderes. Responsabilidade fiscal deteriorada Percebem-se muitas falhas do governo mesmo antes da tentativa frustrada de aumentar o IOF. A responsabilidade fiscal está sendo consistentemente deteriorada. Há uma insistência em equilibrar as contas públicas aumentando a receita, em vez de cortar despesas. E a única forma de o governo aumentar a receita de forma constante é aumentando a carga tributária, daí ter surgido a ideia de aumento do IOF. Não à toa, o Brasil registrou a maior carga tributária dos últimos 15 anos: 32,3% em 2024. O brasileiro trabalha quase quatro meses em um ano apenas para pagar tributos. Em 2020, havia sido registrado a menor carga tributária dos últimos 15 anos, de 29,02%, ainda no governo Bolsonaro. Os dados são do Ministério da Fazenda. Mais impostos se traduzem em mais inflação, o que força o Banco Central a aumentar os juros (taxa Selic), que freiam o crescimento econômico desejado pelo governo. Assim, governo e Banco Central estão trabalhando um contra o outro, em um ciclo vicioso. E a população colhe os resultados negativos: inflação alta com queda da atividade econômica. Isso significa menos poder de compra e oportunidades para os brasileiros. Impedido de aumentar a tributação e sem querer cortar despesas, as contas públicas estão no vermelho. A dívida pública subiu 12,2% apenas em 2024, superando R$7,3 trilhões. A Instituição Fiscal Independente (IFI) alertou que precisaria haver um contigenciamento de R$75,9 bilhões já no ano que vem, para que o governo possa cumprir o arcabouço fiscal. Na

Orbán afirma que 95% dos húngaros são contra Ucrânia na União Europeia

Nesta quinta-feira (26), o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou que a população de seu país votou em peso contra a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) em um referendo realizado durante o mês de maio. A declaração do líder húngaro ocorreu às vesperas do encontro do Conselho Europeu, iniciado no mesmo dia 26, em Bruxelas, na Bélgica. “O problema é a guerra“, disse Orbán, “não queremos estar na mesma comunidade que um país em guerra“. O dignatário concluiu que “integrar a Ucrânia é integrar a guerra“. Segundo o governo húngaro, 95% dos votantes declararam oposição à entrada da Ucrânia no bloco. A consulta nacional, sem caráter vinculante, teve participação de mais de 2 milhões de pessoas, em torno de 29% da população do país. A votação, promovida ativamente por Orbán e seu partido, o Fidesz, sofreu críticas de falta de credibilidade tanto dentro quanto fora do país. Peter Magyar, líder da oposição, classificou a consulta como “propaganda política” e afirmou ter se tratado da menor participação popular da história do país em referendos do tipo. A estratégia de submeter questões sensíveis a voto popular vem ganhando força na gestão Fidesz desde 2010. Consultas do tipo já abordaram temas como migração e direitos LGBTQ. Em todos os casos, os resultados foram similares: baixa adesão popular e alto percentual a favor da posição defendida pelo governo. A Ucrânia é considerada, neste momento, como candidata a entrar no bloco, posição que obteve, ao lado da Moldávia, em 2022, meses após a invasão russa. Desde o início da campanha para entrada de Kyiv no bloco, porém, a Hungria, que detém poder de veto e possui relação próxima a Moscou, demonstra firme oposição, travando acordos e adiando compromissos. Recentemente, Budapeste tem acusado a Ucrânia de oprimir minorias húngaras no país. Questionado se a falta de progresso no acesso de Ucrânia e Moldávia seria um fracasso da Polônia, atual presidente rotativa do bloco, Adam Szłapka, ministro da Polônia para a Europa, disse que “tudo está pronto para a decisão” e aproveitou para alfinetar o primeiro-ministro, dizendo que iria “instar Orbán a consultar se a minoria húngara na Ucrânia tem interesse em entrar na UE“. Fontes: RT, Euractiv, The Kyiv Independent

Aliança militar: Rússia receberá mais 6 mil soldados norte-coreanos

A Coreia do Norte planeja enviar um novo contingente de cerca de 6.000 soldados — incluindo 1.000 engenheiros de combate e 5.000 militares para reconstrução e desminagem — à região de Kursk, na Rússia, já em julho ou agosto de 2025, segundo relatórios desta quinta-feira (27), atribuindo a informação ao Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul (NIS). A movimentação acompanha o aprofundamento da aliança militar entre Pyongyang e Moscou, formalizada por um pacto de defesa mútua assinado em junho de 2024. Desde o final de 2024 e início de 2025, estima-se que a Coreia do Norte já enviou entre 10.000 e 12.000 tropas para a fronteira entre Rússia e Ucrânia, mais especificamente na região de Kursk. Em contrapartida, Moscou fornece armamento — mísseis, artilharia e tecnologia para satélites e orientação de foguetes —, além de apoio técnico à produção militar norte-coreana. A cooperação tem sido construída em bases sólidas: em junho de 2024, Putin e Kim Jong Un selaram o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente, prevendo apoio recíproco em caso de conflito. Desde então, militares norte-coreanos lutam lado a lado com tropas russas na linha de frente, contando com suporte de drones e operações combinadas. Em abril, Pyongyang reconheceu oficialmente o envio de soldados para apoiar a retomada de Kursk, elogiando seu “heroísmo“, enquanto Moscou exaltava a determinação dos combatentes norte-coreanos. O revezamento de tropas tem sido intenso, com estimativas de até 4.700 militares mortos ou feridos somente entre janeiro e março, segundo dados da Coreia do Sul. Embora o novo grupo que será enviado em julho/agosto tenha perfil técnico — engenheiros e especialistas em desminagem —, o NIS destacou que eles atuam em território russo, e não em solo ucraniano. Ao mesmo tempo, o aprofundamento dessa colaboração preocupa aliados ocidentais, que alertam para a possibilidade de transferência de tecnologia nuclear, cibernética e de mísseis em troca do apoio militar. Além das tropas, o mundo mantém atenções voltadas para o uso de tecnologia russa — satélites e sistemas de orientação — fornecidos a Pyongyang em contrapartida ao envio de armas e munições a Moscou. Essa dinâmica é parte de uma aliança crescente que afeta não apenas o equilíbrio na guerra da Ucrânia, mas também pode repercutir em toda a Ásia Oriental e no programa nuclear norte-coreano. Tropas norte-coreanas em combate no ano passado Em meados de 2024, surgiram os primeiros indícios de que soldados da Coreia do Norte estavam combatendo junto às forças russas na região de Kursk. Inicialmente, estimou-se o envio de 10.000 a 12.000 combatentes, com operações significativas organizadas por especialistas do Exército russo, inclusive a formação do chamado “Storm Corps“. Durante o inverno de 2024, a BBC e a imprensa ocidental afirmaram que cerca de 11.000 soldados norte-coreanos estavam em Kursk, participando das ofensivas para retomar territórios ocupados pela Ucrânia. As tropas sofreram pesadas baixas devido ao uso de táticas obsoletas e resistência ucraniana reforçada por drones — estimando-se entre 4.000 e 6.000 baixas em poucos meses, embora as informações não tenham sido confirmadas por Rússia ou Coreia do Norte. A presença dessas tropas representou um marco significativo: foi a primeira vez que a Coreia do Norte reconheceu oficialmente sua intervenção militar em conflito estrangeiro desde a Guerra da Coreia, sinalizando uma estratégia de internacionalização de confrontos. Kiev afirmou que Moscou dependeu desse contingente para compensar sua carência de soldados, e as grandes perdas entre os norte-coreanos evidenciaram tanto a determinação quanto os limites de sua intervenção. O envio antecipado de tropas norte-coreanas em 2024, seguido pela nova leva de pessoal técnico agora em 2025, demonstra uma escalada sistemática entre Pyongyang e Moscou. A crescente participação da Coreia do Norte na guerra da Ucrânia não apenas intensifica o conflito, mas também provoca repercussões geopolíticas em várias regiões, da Europa ao Pacífico, reforçando a importância de vigilância internacional sobre os próximos passos dessa aliança militar. Fontes: AP, Wall Street Journal e Kyiv Independent

Sem acesso ao Ocidente, turistas russos devem passar férias em resort de Kim Jong Un

Coreia do Norte de olho em turistas russos para novo resort de praia, diz Seul. O resort deve abrir para visitantes domésticos em 1º de julho, disse a Agência Central de Notícias da Coreia. Em mais um movimento que escancara o aprofundamento dos laços entre Pyongyang e Moscou, a Coreia do Norte pretende abrir seu recém-concluído resort na zona costeira de Wonsan-Kalma, primeiro para visitantes domésticos e, em seguida, para turistas russos. A informação foi confirmada por autoridades sul-coreanas e sinaliza uma tentativa de Kim Jong Un de faturar em moeda estrangeira, driblando parte das restrições impostas por sanções internacionais. O megacomplexo turístico, capaz de abrigar até 20 mil hóspedes em hotéis e pousadas, foi apresentado à mídia estatal norte-coreana com pompa, em cerimônia na presença do próprio Kim Jong Un e de representantes da embaixada russa, convidados de honra. Não se trata de acaso: desde que a Coreia do Norte forneceu apoio militar à Rússia na guerra contra a Ucrânia, os dois regimes têm se aproximado de forma inédita, e a colaboração russa parece ter sido crucial para destravar as obras paralisadas do resort, retomadas apenas neste ano após anos de abandono e sanções sufocantes. Embora as autoridades de Seul admitam que o turismo individual, pago diretamente pelos visitantes, não infringe as sanções da ONU, qualquer operação que envolva transferências volumosas de recursos ou joint ventures com o regime de Kim pode, sim, violar restrições internacionais. Ainda assim, a presença destacada do embaixador russo na inauguração do resort levanta dúvidas sobre se haverá repasses ocultos de valores ao governo norte-coreano, potencialmente mascarados como pacotes turísticos de luxo. A Resolução 2270 do Conselho de Segurança da ONU proíbe a transferência de dinheiro em massa para a Coreia do Norte, e a Resolução 2375 proíbe todos os estados membros da ONU de criar novas joint ventures com entidades ou indivíduos norte-coreanos. O objetivo de Kim Jong Un é claro: aproveitar ao máximo a demanda russa, num momento em que Moscou busca parceiros dispostos a romper o cerco ocidental. Para a Coreia do Norte, a oportunidade é duplamente estratégica: além de gerar receitas em moeda forte, consolida a aliança militar e diplomática com Vladimir Putin, algo que incomoda o Ocidente e ameaça redesenhar o equilíbrio de forças no Pacífico. Apesar da retórica otimista de Pyongyang, analistas apontam que o fluxo real de turistas será limitado pela infraestrutura precária e pelas restrições logísticas — estima-se que, no máximo, 170 passageiros por dia possam chegar via Pyongyang a partir de Vladivostok, na Rússia. Ainda assim, o regime norte-coreano sinaliza estar disposto a apostar tudo nesse nicho russo, transformando a costa de Wonsan-Kalma em vitrine de uma aliança que pode ter consequências muito maiores do que meros banhos de mar. Fonte: www.straitstimes.com

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