EUA atacam 3 bases nucleares do Irã: conheça o B-2, a aeronave envolvida no ataque

Durante este sábado (21), o trânsito de seis Bombardeiros B-2 dos EUA, entre Diego Garcia e uma base estratégica no Oceano Índico, despertou grande atenção, gerando especulação sobre a possibilidade de que ocorresse um ataque ao Irã. Aquilo que foi especulado durante o dia se confirmou agora a noite. O presidente Donald Trump comunicou na sua rede social: “𝐶𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑚𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑎𝑡𝑎𝑞𝑢𝑒 𝑏𝑒𝑚-𝑠𝑢𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑎̀𝑠 𝑡𝑟𝑒̂𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑛𝑢𝑐𝑙𝑒𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝐼𝑟𝑎̃, 𝑖𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑑𝑜𝑤, 𝑁𝑎𝑡𝑎𝑛𝑧 𝑒 𝐸𝑠𝑓𝑎ℎ𝑎𝑛. 𝑇𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑎𝑣𝑖𝑜̃𝑒𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎̃𝑜 𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑎𝑐̧𝑜 𝑎𝑒́𝑟𝑒𝑜 𝑖𝑟𝑎𝑛𝑖𝑎𝑛𝑜. 𝑈𝑚𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝐵𝑂𝑀𝐵𝐴𝑆 𝑓𝑜𝑖 𝑙𝑎𝑛𝑐̧𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙, 𝐹𝑜𝑟𝑑𝑜𝑤. 𝑇𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑎𝑣𝑖𝑜̃𝑒𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎̃𝑜 𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛𝑐̧𝑎 𝑎 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑎. 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑏𝑒́𝑛𝑠 𝑎𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠 𝑔𝑢𝑒𝑟𝑟𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑎𝑚𝑒𝑟𝑖𝑐𝑎𝑛𝑜𝑠. 𝑁𝑎̃𝑜 ℎ𝑎́ 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑒́𝑟𝑐𝑖𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑢𝑑𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑡𝑒𝑟 𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑖𝑠𝑠𝑜. 𝐴𝐺𝑂𝑅𝐴 𝐸́ 𝐴 𝐻𝑂𝑅𝐴 𝐷𝐴 𝑃𝐴𝑍! 𝐴𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒𝑐𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑠𝑢𝑎 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑎𝑠𝑠𝑢𝑛𝑡𝑜.” O B-2 Spirit é o principal vetor de lançamento da gigantesca bomba GBU-57A/B Massive Ordnance Penetrator (MOP), uma das armas mais avançadas em termos de capacidade de penetração e destruição de alvos profundamente enterrados. Recentemente, discussões em fóruns digitais e análises de especialistas destacaram a relevância dessa dupla no contexto das tensões entre Israel e Irã, especialmente em relação à infraestrutura nuclear iraniana. Leia mais: Fordow: o bunker nuclear iraniano que só uma super bomba americana pode destruir – Danuzio B-2 Spirit O bombardeiro B-2 Spirit, desenvolvido pelos Estados Unidos, é uma das aeronaves mais avançadas do mundo, com fortes características stealth (baixa probabilidade de detecção por sistemas de radar inimigos). Com um design de asa voadora e materiais compostos que absorvem radiação eletromagnética, o B-2 é pouco visível nos radares convencionais, permitindo-lhe penetrar defesas aéreas densas e atingir alvos em profundidade territorial. Sua autonomia de voo é impressionante, capaz de percorrer até 11.000 quilômetros sem reabastecimento, tornando-o ideal para missões de longo alcance. Entretanto, quando ele transporta cargas pesadas, seu alcance pode diminuir drasticamente, exigindo o apoio de aeronaves de REVO (reabastecimento em voo), como os KC-135 Stratotanker, KC-10 Extender e KC-46 Pegasus. GBU-57 A GBU-57A/B, por sua vez, é uma bomba de precisão projetada para ser “bunker buster“, ou seja, destruir bunkers e instalações nucleares profundamente enterradas. Com um peso de aproximadamente 13.600 kg, ela é capaz de perfurar até 60 metros de concreto de alta resistência antes de detonar. Sua precisão é garantida por um sistema de orientação avançado, que permite atingir alvos específicos com mínima margem de erro. Essa característica a torna uma ferramenta estratégica crucial em operações militares contra instalações subterrâneas, como as instalações nucleares iranianas, localizadas a profundidades que desafiam armas convencionais. Relevância na guerra entre Irã e Israel O contexto geopolítico em que essa tecnologia emerge é marcado por tensões regionais intensas. Recentemente, Israel realizou uma série de ataques aéreos contra instalações nucleares iranianas, em ações necessárias para neutralizar ameaças à sua segurança nacional. A eficácia da combinação do B-2 com a GBU-57A/B nesse tipo de operação é amplamente debatida. Embora a capacidade de penetração da bomba seja impressionante, há questionamentos sobre sua habilidade de destruir alvos localizados a profundidades extremas, como as instalações de Fordow e Natanz, que podem estar a mais de 80 metros abaixo da superfície. O B-2, ao carregar até duas unidades da GBU-57A/B, amplia significativamente o alcance e a precisão dessas operações. Países que possuem tais tecnologias adquirem uma vantagem estratégica significativa, capaz de influenciar não apenas operações militares, mas também negociações diplomáticas. A mera existência de tal armamento, combinada com a capacidade de lançá-lo com o B-2 em qualquer ponto do globo, serve como um poderoso elemento dissuasório, alterando o cálculo de riscos por parte de potenciais adversários. Além disso, a integração entre o B-2 e a GBU-57A/B reforça a superioridade tecnológica dos Estados Unidos no domínio aéreo. O B-2 é capaz de voar longas distâncias sem ser detectado, carregar cargas pesadas e operar em condições adversas, enquanto a GBU-57A/B proporciona a capacidade de destruir alvos que seriam inatingíveis por outros meios. Essa sinergia é particularmente relevante em cenários onde a distância e a defesa antiaérea representam desafios significativos, como no caso de operações contra o Irã a partir de Diego Garcia, a mais de 3.500 quilômetros de distância. No entanto, o uso dessa tecnologia não está isento de controvérsias. Críticos argumentam que armas como a GBU-57A/B, lançadas por plataformas como o B-2, podem escalar conflitos regionais, aumentando a probabilidade de respostas retaliatórias e prolongando ciclos de violência. A discussão sobre o B-2 e a GBU-57A/B também reflete um padrão mais amplo na geopolítica contemporânea: a militarização da tecnologia e sua influência nas relações internacionais. Países como a Turquia, mencionados em análises recentes, também estão desenvolvendo suas próprias versões de “bunker busters” e plataformas stealth, indicando uma tendência global de proliferação de tecnologias de alta precisão. Essa proliferação pode alterar o equilíbrio de poder em regiões instáveis, como o Oriente Médio, onde a posse de armas avançadas frequentemente se traduz em maior influência política e militar. A combinação do bombardeiro B-2 Spirit com a bomba GBU-57A/B Massive Ordnance Penetrator representa um marco na evolução da tecnologia militar, com implicações profundas para a geopolítica global. Sua capacidade de destruir alvos profundamente enterrados, combinada com a invisibilidade e alcance global do B-2, a torna uma ferramenta estratégica crucial, mas também um elemento de tensão em um mundo já marcado por conflitos regionais e rivalidades nucleares. À medida que a tecnologia continua a avançar, é imperativo que líderes globais e especialistas em segurança nacional considerem não apenas as capacidades táticas dessas armas, mas também suas consequências estratégicas e éticas. O futuro da estabilidade global dependerá, em grande parte, da forma como essas tecnologias são empregadas e reguladas. ATUALIZAÇÕES: Israelenses estimam que Natanz foi completamente destruída, e aguardam confirmação sobre Fordow e Isfahan. Acredita-se que o urânio enriquecido estava em Natanz e Isfahan, e que a grande maioria dele não foi retirada dos locais, estando, portanto, presente no momento do ataque. Se o urânio não foi destruído — o programa nuclear retrocedeu anos. Se foi destruído — o programa nuclear foi, em termos práticos, eliminado.
Sindicato ligado ao irmão de Lula fez lobby no Bolsa Família

O sindicato nacional de aposentados, pensionistas e idosos (Sindnapi), ligado a um irmão do presidente Lula, fez lobby no início do governo, para que houvesse uma flexibilização nas regras e que fosse possível ampliar os descontos de cobrança de mensalidade no contracheque pago pelo INSS. Em 30 de janeiro de 2023, um ofício assinado por João Batista Inocentini, o então presidente e fundador do Sindnapi, realizou uma série de reinvindicações ao ministro da Previdência da época, Carlos Lupi. Vale ressaltar que Carlos Lupi saiu do cargo, em maio, após uma série de denúncias e investigações da Polícia Federal sobre as fraudes contra os aposentados. No documento, o sindicato queria autorização para fazer o desconto no Bolsa Família e BPC (Benefício de Prestação Continuada). Apesar das tratativas, não conseguiram a autorização. O portal Metrópoles obteve uma foto do ofício, redigido por Inocentini, na qual ele pedia a autorização do ministro Carlos Lippi, para que os descontos fossem autorizados. Inocentini morreu em 202. Hoje, o sindicato hoje é chefiado por Milton Cavalo, tendo como vice, Frei Chico, entre os dirigentes. Frei é irmão do presidente Lula. Chico assumiu a vice-presidência do Sindnapi em 2024. A entidade afirma que o pleito no primeiro mês do governo Lula não teve relação com o aumento dos descontos de mensalidade associativa, tendo o seu auge após dois anos do governo Lula. Em nota, o Sindnapi se defendeu das acusações e afirmou que “é natural as lideranças procurarem o novo governo para fazer articulações de suas pautas“. De acordo com o portal Metrópoles, o Sindnapi é investigado atualmente por: Imagem de capa: Editora 247 Fonte: Hora Brasília
Tragédia em SC: balão de ar cai no sul do Estado e deixa 8 mortos

Um balão de ar de passeio caiu no município de Praia Grande, sul do Estado de Santa Catarina, deixando 8 mortos e 13 pessoas feridas. Segundo o corpo de bombeiros, estavam a bordo do balão 21 pessoas. O balão caiu sobre um posto de saúde. O governador de Santa Catarina, Jorginho Melo, através das suas redes sociais, confirmou que as equipes de resgate estão no local do acidente e encaminharam as 13 pessoas que sobreviveram a hospitais próximos pelas equipes de corpo de bombeiros e serviço de atendimento móvel (SAMU). As causas do acidente ainda serão apuradas. Testemunhas relataram que, no momento do acidente, fazia um intenso sol na região. A região de Praia Grande, em SC, é conhecida por ser a Capadócia brasileira, um grande ponto turístico para quem busca a prática de voos de balão. O acidente deste sábado acontece menos de uma semana após outra tragédia que aconteceu no interior de SP. Na ocasião, o balão que transportava 35 pessoas caiu próximo a uma propriedade rural e ele não tinha autorização para voo. O piloto foi preso. Uma pessoa morreu. Imagem: Reprodução/Redes Sociais Fonte: CNN Brasil
Terremoto de 5,1 graus atinge usina nuclear de Fordow e reacende temores no Irã

Na última sexta-feira à noite, um terremoto de magnitude 5,1 sacudiu o norte do Irã, com epicentro a cerca de 36 km a sudoeste de Semnan, atingindo profundamente regiões sensíveis como Qom e o vilarejo de Fordo, onde está localizada a usina de enriquecimento nuclear Fordow. O abalo, com profundidade de aproximadamente 10 km, foi sentido em Teerã e cidades vizinhas, provocando apreensão entre autoridades e moradores. Imediatamente, surgiram especulações sobre uma possível ligação entre o tremor e ações militares israelenses ou até testes nucleares iranianos, uma vez que Fordow já esteve sob ataques aéreos no recente conflito com Israel. Contudo, especialistas sísmicos descartam essas teorias, apontando que o Irã está localizado na falha alpina-himalaia, uma das mais ativas do mundo. Entre 2006 e 2015, o país registrou cerca de 96.000 tremores — média de mais de 2.000 por ano, dos quais 15 a 16 com magnitude superior a 5. As análises de agências como o USGS confirmam que segmentos de falhas naturais foram responsáveis pelo tremor. Ao contrário de explosões subterrâneas, os eventos sísmicos naturais geram ondas do tipo P e S, padrão detectado neste caso, reforçando sua origem tectônica. Nenhum dano em estruturas foi relatado, e as autoridades nucleares iranianas afirmam que Fordow e outras instalações permanecem intactas. A usina de Fordow, construída sob mais de 80 metros de rocha e reforçada com concreto, além de sistemas antiaéreos S‑300, resiste a ataques convencionais e a fenômenos naturais — fato reconhecido pela AIEA após inspeções políticas. Seu principal objetivo é garantir o enriquecimento de urânio em níveis civis, mas a proximidade à pureza militar levanta debates sobre riscos estratégicos. Esse tremor serve como um lembrete potente de que nem toda crise no local decorre de ações beligerantes ou nucleares. Em vez disso, é a tensão constante na região sísmica do Irã que representa uma ameaça real à comunidade e à infraestrutura crítica, incluindo Fordow. O episódio também destaca os desafios enfrentados pelos especialistas e diplomatas ao separar causas naturais de implicações políticas, especialmente em um contexto já altamente tensionado. Fontes: New York Times, Anadolu, India Today
Distopia Moderna: democracias seduzidas pelo Totalitarismo

Daniela Russowsky Raad, associada do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e presidente da Federação Israelita do RS O Oriente Médio vive uma guerra anunciada há décadas, mas que escancara uma polarização impensável em pleno século 21. Uma verdadeira distopia contemporânea, em que sociedades livres – outrora firmes em seus valores – se veem seduzidas por ideais totalitários travestidos de discursos de justiça. A guerra entre Israel e Irã não é apenas geopolítica: é reveladora dos maiores dilemas morais do nosso tempo. Israel, uma democracia em meio a regimes teocráticos e ditatoriais, é o único Estado judeu do mundo, com cerca de 10 milhões de habitantes. Concretização do ideal sionista, Israel surgiu após o exílio milenar do povo judeu e mantém uma conexão ancestral com sua terra, datada de mais de três mil anos. Hoje é reconhecido como a “Startup Nation”, com a maior densidade de inovações tecnológicas do planeta. Desde a independência, Israel travou guerras existenciais com países árabes que rejeitavam sua criação. Com o tempo, no entanto, vários desses países passaram a aceitar a realidade israelense, como Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que assinaram tratados de paz e entenderam o benefício da cooperação e do progresso conjunto. Por outro lado, a resistência à existência do pequeno Estado judeu, verdadeiramente democrático, na região é fato inconcebível para determinados grupos radicais islâmicos que, desde muito antes de sua fundação, pregavam a instalação de um regime teocrático islâmico único. É o caso da Irmandade Muçulmana, fundada em 1928, no Egito, e banida dos países árabes em razão de suas ideias radicais e ações violentas. A destruição de Israel segue sendo o objetivo primordial de grupos terroristas como Hamas, Hezbollah e Al-Qaeda – todos unidos por um ponto em comum: a República Islâmica do Irã. Os iranianos são ancestrais da sua terra, tais quais os judeus. Antes da Revolução Islâmica, o Irã – historicamente conhecido como Pérsia, e hoje com cerca de 90 milhões de habitantes – vivia um processo de modernização. Mulheres atuavam como juízas, ministras, e podiam circular livremente. A partir de 1979, esse cenário foi substituído pela imposição da sharia, pela repressão sistemática, por linchamento e execução de pessoas em público, cerceamento da liberdade religiosa, opressão das mulheres e homossexuais, e pela exportação do fundamentalismo. O regime instaurou um modelo de terror interno e externo, com execuções públicas, censura, prisões políticas e desaparecimentos. Fora de suas fronteiras, o Irã atua por meio de proxies – grupos terroristas que alimenta ideológica e financeiramente. Seu objetivo declarado é a destruição da visão de mundo ocidental, iniciando-se por Israel (o “pequeno satã”) e pelos Estados Unidos (o “grande satã”), além da imposição de sua visão teocrática ao mundo. Recentemente, e ignorando apelos diplomáticos incessantes, o Irã chegou a um ponto sem retorno: atingiu a capacidade concreta de produção de armas nucleares e arsenal de mísseis capazes de destruir não apenas Israel, mas também tantas outras nações que não aceitam a sua visão radical de mundo. A um passo de deter a mais potente arma destrutiva mundial, capaz de destruir a realidade na qual vivemos, Israel, ciente do risco existencial que representa um Irã nuclear, passou a realizar ações militares cirúrgicas contra alvos estratégicos do regime. O que vemos hoje não começou há poucas semanas, nem com as dezenas de milhares de mísseis disparados contra Israel desde o ataque terrorista de 2023. As primeiras vítimas do regime iraniano foram seus próprios cidadãos – e as próximas serão todos os que defendem a liberdade, a democracia e os direitos humanos. A guerra contra o modo de vida ocidental já foi há muito declarada por terroristas: não nos esqueçamos do 11 de setembro de 2001, com o ataque às Torres Gêmeas, executado pela Al-Qaeda; do maior ataque terrorista da América Latina, em 1994, em Buenos Aires, realizado pelo Hezbollah; ou do maior massacre de judeus desde o Holocausto, em outubro de 2023, em Israel, perpetrado pelo Hamas – entre, infelizmente, tantos outros que marcam a nossa história. O clamor por liberdade feito em nome da opressão; a defesa dos direitos humanos usada para justificar quem os nega. Daniela Russowsky Raad É precisamente neste ponto que a guerra entre Israel e Irã se torna um espelho incômodo para o Ocidente. Universidades e veículos de mídia que exaltam grupos fundamentalistas revelam uma distorção preocupante: o clamor por liberdade feito em nome da opressão; a defesa dos direitos humanos usada para justificar quem os nega. Sociedades livres que se voltam contra seus próprios valores correm o risco de perder aquilo que as define. Diante desse cenário, a pergunta que ecoa é urgente: para onde estamos caminhando? Uma geração que nunca precisou lutar pela sua liberdade talvez não tenha a noção do preço de mantê-la.
Portal Danuzio News sofre ataque DDoS em seu lançamento oficial

O tão aguardado lançamento do portal Danuzio News, realizado na noite desta quinta-feira (20), foi marcado por um incidente cibernético de alta complexidade. Às 20h, momento da estreia oficial, o site registrou um pico de acessos impressionante, com mais de 7 mil visitantes únicos simultâneos, sinalizando forte interesse do público pelo novo veículo de comunicação digital. 700 mil solicitações Entretanto, poucos minutos após o início das atividades, a equipe técnica identificou um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS). Foram contabilizadas mais de 700 mil solicitações automáticas ao servidor, número muito superior ao comportamento padrão de tráfego, o que causou instabilidades no acesso e lentidão generalizada na navegação. O ataque, caracterizado por uma sobrecarga intencional nos sistemas do portal, visava tirar o site do ar ou dificultar seu funcionamento normal, impedindo que usuários legítimos acessassem o conteúdo publicado. A ofensiva não comprometeu dados nem a segurança das informações, segundo informou a assessoria de tecnologia do Danuzio News. Resposta imediata A equipe de suporte do portal, que já estava de prontidão por ocasião do lançamento, iniciou imediatamente os protocolos de mitigação do ataque. As primeiras medidas foram a identificação das origens do tráfego malicioso e o isolamento das requisições não-humanas. Às 23h, foi concluído um processo emergencial de upgrade do servidor e reestruturação da infraestrutura digital, ampliando a capacidade de resposta do site diante de futuras tentativas de sobrecarga. “Ficamos impressionados com o alcance inicial e também com a tentativa de interromper esse momento. Mas estávamos preparados e conseguimos reagir com rapidez“, afirmou um dos coordenadores técnicos do projeto. Apesar do transtorno inicial, o portal voltou à normalidade ainda na madrugada desta sexta-feira e segue operando normalmente. A equipe do Danuzio News garantiu que novas camadas de segurança foram implementadas e que continuará investindo em tecnologias para garantir a estabilidade da plataforma.
Ex-chefe do Mossad analisa a guerra entre Irã e Israel

Em 13 de junho de 2025, o Oriente Médio foi sacudido por uma nova e grave escalada: Israel lançou ataques surpresa contra instalações militares e nucleares do Irã, desencadeando a primeira guerra direta entre os dois estados. Este conflito, que já entra em sua segunda semana, marca um ponto de inflexão na geopolítica regional, com implicações profundas para a segurança global e o equilíbrio de poder. A análise de Zohar Palti, ex-chefe da Diretoria de Inteligência do Mossad, oferece uma perspectiva estratégica sobre o conflito, enquanto os desdobramentos recentes revelam a complexidade de um embate que combina avanços tecnológicos militares com tensões diplomáticas internacionais. O início do conflito pegou o mundo de surpresa. Israel, que historicamente enfrentou grupos não estatais como Hamas e Hezbollah, agora se confronta com um adversário de escala estatal: o Irã, com seus 90 milhões de habitantes, um território 70 vezes maior que o de Israel e dois exércitos – as forças regulares e o poderoso Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos. Os ataques iniciais de Israel incluíram bombardeios a instalações nucleares, assassinatos de líderes militares e cientistas iranianos e a destruição de sistemas de defesa antiaérea. O Irã retaliou com mísseis contra alvos militares e cidades israelenses, intensificando o confronto. Até o momento, centenas de vidas foram perdidas, com relatos de significativos danos materiais em ambos os lados. Luz à complexidade do conflito Zohar Palti, uma figura de peso no establishment de segurança israelense, trouxe luz à complexidade do conflito em uma entrevista recente. Com décadas de experiência em inteligência e defesa, ele destacou a façanha da Força Aérea Israelense, que, em apenas 36 a 48 horas, neutralizou as defesas aéreas iranianas e dominou os céus a 1.500 quilômetros de distância. Essa capacidade, segundo Palti, superou até mesmo os cenários mais otimistas discutidos internamente em Israel. No entanto, ele alertou que o sucesso militar inicial não garante uma vitória estratégica. O Irã, com sua resiliência forjada por décadas de sanções e um programa nuclear de 40 anos, é um adversário persistente e capaz de sustentar um conflito prolongado. Palti também enfatizou a necessidade de Israel definir claramente seus objetivos. Embora os ataques tenham demonstrado a capacidade de atingir alvos estratégicos, como as instalações nucleares de Natanz e Isfahan, avaliar o impacto real nesses programas levará tempo. Ele questionou se prolongar o conflito traria benefícios proporcionais aos custos e defendeu a coordenação com potências internacionais, como Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, para negociar um cessar-fogo. Para ele, o Irã também precisará aceitar condições para encerrar as hostilidades, o que torna o caminho diplomático tão desafiador quanto o militar. Os desdobramentos recentes mostram que o conflito está longe de uma resolução. Israel continuou a atacar alvos nucleares e eliminou figuras-chave do comando militar iraniano, enquanto o Irã intensificou seus ataques com mísseis, atingindo até mesmo um hospital em Beersheba. O envolvimento de atores externos, como os Estados Unidos, que auxiliam Israel na defesa antimísseis, e os Houthis no Iêmen, que lançaram ataques contra Israel, sugere que o conflito pode se expandir. Tentativas diplomáticas, como encontros em Genebra, não conseguiram avançar, e a posição de líderes globais, incluindo o presidente dos EUA, indica que uma decisão sobre maior envolvimento pode demorar semanas. Capacidades militares Do ponto de vista tecnológico, o conflito expõe o estado da arte das capacidades militares. A precisão e o alcance das operações aéreas israelenses, combinados com inteligência avançada e logística de reabastecimento em voo, mostram como a tecnologia molda a guerra moderna. Por outro lado, a capacidade do Irã de retaliar, mesmo sob pressão, reflete sua indústria militar autossuficiente, desenvolvida para resistir a sanções. Esses elementos sublinham um paradoxo: enquanto a superioridade tecnológica pode garantir vitórias táticas, a resiliência estratégica de um adversário como o Irã desafia soluções puramente militares. Geopoliticamente, o conflito reacende debates sobre a proliferação nuclear. Israel vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial e busca seu desmantelamento completo, enquanto o Irã defende seu direito a um programa nuclear pacífico, rejeitando limitações sob coerção. Esse impasse não apenas alimenta o confronto atual, mas também influencia políticas globais de não proliferação. Além disso, o envolvimento de potências regionais e globais sugere que o conflito pode redefinir alianças e equilíbrios de poder no Oriente Médio, com ramificações que vão desde o fornecimento de energia até a estabilidade de estados vizinhos. Incerteza O cenário atual é de incerteza. Enquanto Israel mantém a iniciativa militar, o custo humano e econômico do conflito cresce. No Irã, a destruição de infraestrutura e as perdas humanas alimentam a pressão interna, mas também reforçam a narrativa de resistência contra agressões externas. A ausência de um horizonte claro para o fim das hostilidades, combinada com a relutância de ambos os lados em ceder, sugere que o conflito pode se prolongar ou escalar ainda mais. Este momento histórico exige uma reflexão cuidadosa sobre as dinâmicas de poder e tecnologia no Oriente Médio. A guerra Israel-Irã não é apenas um confronto entre dois estados, mas um teste para a capacidade da comunidade internacional de gerenciar crises que combinam rivalidades históricas, ambições nucleares e avanços militares. A análise de Palti serve como um lembrete de que, mesmo em meio a vitórias táticas impressionantes, a estratégia de longo prazo e a diplomacia serão decisivas para determinar o futuro da região. À medida que o mundo acompanha os próximos passos, fica evidente que o conflito de 2025 não será resolvido apenas nos campos de batalha. Ele desafia líderes globais a encontrar um equilíbrio entre pressão militar, sanções econômicas e diálogo, em um esforço para evitar uma escalada que poderia desestabilizar não apenas o Oriente Médio, mas o sistema internacional como um todo. Por ora, o conflito segue como um lembrete da fragilidade da paz em uma região marcada por tensões profundas e da necessidade de abordagens que transcendam a força bruta para alcançar estabilidade duradoura.
Fordow: o bunker nuclear iraniano que só uma super bomba americana pode destruir

A usina de Fordow, oficialmente conhecida como Fordow Fuel Enrichment Plant, localizada próxima à cidade sagrada de Qom, no Irã, tornou-se o centro das atenções na atual escalada militar entre Israel, Estados Unidos e Irã. Enterrada sob cerca de 80 metros de rocha sólida e protegida por concreto reforçado, a instalação é considerada praticamente impenetrável por ataques aéreos convencionais. Seu nível de fortificação é tal que apenas uma arma específica no arsenal americano é tida como capaz de causar danos estruturais significativos: a bomba GBU-57, conhecida como MOP (Massive Ordnance Penetrator). Desde que se tornou operacional em 2011, Fordow tem sido uma das instalações nucleares mais sensíveis do Irã. Embora oficialmente destinada a fins civis, como o enriquecimento de urânio para uso energético e médico, o nível de enriquecimento observado por inspetores internacionais chegou a ultrapassar os 83%, patamar próximo ao necessário para armamento nuclear. O complexo abriga milhares de centrífugas IR-1 e IR-6 e é considerado um dos ativos mais estratégicos do programa atômico iraniano. Em meio à atual campanha aérea israelense, diversas instalações nucleares iranianas, como Natanz, Esfahan e Arak, foram atingidas, mas Fordow permaneceu intocada em sua parte subterrânea, justamente por sua arquitetura profundamente reforçada. A bomba GBU-57 representa a única alternativa real para um ataque convencional eficaz. Com 13,6 toneladas e capacidade de perfurar até 60 metros de concreto armado, essa arma foi desenvolvida justamente para alvos como Fordow. Ela só pode ser lançada por bombardeiros furtivos B-2 Spirit, aeronaves exclusivas da Força Aérea dos Estados Unidos, o que limita sua utilização apenas ao governo norte-americano. Fontes do Pentágono indicam que seriam necessárias ao menos duas bombas lançadas com precisão extrema para causar colapso estrutural da instalação, mas há dúvidas entre especialistas sobre se mesmo isso seria suficiente, devido à geologia da região e à disposição interna do complexo. Israel, que não possui a GBU-57 nem bombardeiros B-2, pressiona Washington a intervir diretamente. O presidente Donald Trump estabeleceu um prazo de duas semanas para tomar uma decisão sobre uma ação militar direta. Paralelamente, ele indicou que pode retomar negociações com Teerã, desde que o Irã interrompa o enriquecimento de urânio e aceite novas inspeções. A utilização da GBU-57 também levanta questões éticas e diplomáticas. Embora seja uma arma convencional, sua força destrutiva é próxima à de armas táticas de baixo rendimento. Especialistas alertam que um ataque direto à Fordow poderia não apenas provocar uma resposta militar iraniana, mas também comprometer permanentemente as chances de negociação diplomática. Além disso, atingir um alvo tão próximo à cidade sagrada de Qom envolveria riscos geopolíticos imprevisíveis, incluindo reações do mundo islâmico. Mesmo que o ataque fosse bem-sucedido, retardaria o programa nuclear iraniano por meses, mas não o eliminaria. O conhecimento científico já adquirido e a existência de outras instalações permitiriam ao Irã retomar rapidamente suas atividades. Diante desse cenário, diplomatas europeus e atores regionais tentam mediar um novo canal de diálogo, na tentativa de conter uma escalada que pode rapidamente ultrapassar os limites da guerra convencional. Fordow simboliza hoje mais do que um alvo militar: é o epicentro de uma disputa entre diplomacia, tecnologia e o risco iminente de um confronto total. Fontes: CNN, DW
Os ensinamentos após o ataque do 7 de outubro – Como o Hamas usou OSINT contra Israel

Na primeira parte do artigo, publicada ontem, além de contextualizar o atual conflito entre Israel e Palestina dentro de ciclos de violência recentes, esmiuçamos os motivos pelos quais o Estado de Israel falhou miseravelmente em evitar o maior massacre de judeus desde o holocausto. Nesta segunda e última parte, iremos abordar os impactos e as lições (a serem) aprendidas pela Comunidade de Inteligência (IC) israelense, sob a ótica de um dos maiores acadêmicos do mundo nessa área – e ex-oficial do Shin Bet – Avner Barnea. O impacto da inteligência de fontes abertas (OSINT) A Inteligência de fontes abertas (OSINT, na sigla em inglês) refere-se à coleta e análise de informações obtidas de fontes publicamente disponíveis. Por exemplo: mapas, transmissão da mídia, postagens em mídias sociais, registros oficiais públicos, etc. O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 demonstrou a importância da OSINT na guerra moderna, utilizando-a de forma eficaz para: As lições (a serem) aprendidas O “7 de outubro” expôs uma série de falhas nas capacidades de inteligência de Israel, que podem servir como lições valiosas não apenas para o país, mas também para outras nações que enfrentam ameaças semelhantes. As principais lições aprendidas com esse evento incluem: SIGINT significa Signals Intelligence (Inteligência de Sinais) e refere-se à coleta de informações a partir da interceptação e análise de sinais eletrônicos, como comunicações de rádio, transmissões de radar e sinais de satélite. A HUMINT, ou Inteligência Humana, é a coleta de informações por meio de fontes humanas, como espiões, informantes e interrogatórios. A influência da dimensão humana Deixei para o final uma lição fundamental a ser aprendida pela IC israelense: a influência da dimensão humana. É crucial reconhecer a influência de vieses cognitivos, como o wishful thinking e a tendência à confirmação, na interpretação de informações pelos analistas. “Vocês têm olhos, mas não têm cérebro” Já ficou bastante claro ao longo de todo o artigo que tanto os oficiais de inteligência quanto os decisores políticos falharam em suas atribuições. Os primeiros em desconsiderar as informações coletadas por seus agentes, os segundos em negligenciar uma potencial ameaça ao Estado de Israel. E a dimensão humana faz parte disso. Quando agentes de campo relataram a seu superior sobre a iminência de um ataque do Hamas, aconteceu uma cena absurda. Com todos os membros daquela divisão de inteligência reunidos, o superior não apenas negligenciou o relatório recebido, como também pôs em causa a capacidade das agentes, apenas por serem… mulheres! “Vocês têm olhos, mas não têm cérebro”, disse o oficial sênior de inteligência, em referência a uma suposta tendência histérica das mulheres. Preconcepções equivocadas são apenas indesejáveis quando limitadas ao convívio social, podendo ser delituosas em um contexto profissional, mas, quando se trata de atividades críticas – como a da Segurança Nacional – elas podem ser fatais. O 7 de outubro de 2023 foi uma prova disso. Por outro lado, o desenvolvimento de protocolos mais rigorosos, a promoção da diversidade de pensamento dentro das agências de inteligência e a criação de mecanismos para desafiar as suposições e crenças preconcebidas podem ajudar a mitigar esses vieses e aprimorar a qualidade da análise de inteligência. Conclusão O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 foi uma surpresa estratégica e tática para Israel, expondo falhas significativas nas capacidades de inteligência do país. O ataque demonstrou que o Hamas, um grupo que durante muito tempo foi subestimado por Israel, evoluiu para uma organização militar sofisticada, capaz de planejar e executar uma operação complexa em larga escala, explorando as vulnerabilidades de Israel e enganando sua IC. A subestimação do Hamas como um ator “terrorista” e a superestimação das capacidades defensivas de Israel contribuíram para a falha de inteligência. Havia uma falsa sensação de segurança que impediu que o país se preparasse adequadamente para uma ameaça real. É necessário que Israel reforme e aprimore suas práticas de inteligência para enfrentar as ameaças em constante evolução . As lições aprendidas com esse evento devem servir como um guia para Israel e outras nações que buscam fortalecer suas capacidades de inteligência e evitar surpresas estratégicas devastadoras. Baseado no artigo “Israeli Intelligence Was Caught Off Guard: The Hamas Attack on 7 October 2023—A Preliminary Analysis”, de Avner Barnea, publicado no International Journal of Intelligence and CounterIntelligence. Avner Barnea é pesquisador do National Security Studies Center, Universidade de Haifa. Ele foi oficial da Agência de Segurança de Israel (Shin Bet). Leia a primeira parte do artigo: Como o Hamas colocou Israel para “dormir” no 7 de outubro – Danuzio
Gastos do governo Lula aumentam e é o dobro do valor da receita

Os valores dobraram e o governo pode encerrar 2025 com um grande déficit. Durante o terceiro mandato do presidente Lula, os gastos públicos dobraram quase que no mesmo ritmo das receitas. A tendência é os gastos continuarem a crescer em ritmo acelerado em 2026, podendo ocasionar um grande prejuízo em 2027, o que faltaria dinheiro para serviços básicos. Com essa crescente dobra no valor dos gastos públicos, aconteceria o “shutdown”, que basicamente é a paralisação do governo, devido ao orçamento fiscal do respectivo ano não ter sido aprovado. Em 2025, a equipe econômica do governo obteve um aumento real acima da inflação de R$ 191,3 bilhões (US$ 35 bilhões) na receita líquida, excluindo as transferências para estados e municípios, sendo que a receita projetada para arrecadação em 2025 era de R$ 2,318 trilhões (US$ 454 bilhões). Em contrapartida, segundo dados do IFI (Instituto Fiscal Independente do Senado) e do Relatório de Receita e Despesas Primárias do Tesouro Nacional, as despesas aumentaram em R$ 344 bilhões (US$ 63 bilhões) podendo chegar a R$ 2,415 trilhões até o fim de 2025. Buscando formas de modificar esse quadro, o governo tem feito uma alta aposta na arrecadação dos impostos mas, até o momento, a estratégia não tem tido muito êxito. Com os gastos públicos excedendo as receitas, o ano de 2025 pode terminar com um grande déficit, o que torna a saúde financeira do Brasil mal vista perante o mundo. Os sinais são de que o governo parece deixar o rombo para o próximo presidente da república. Imagem: Getty Images Fonte: Folha de São Paulo